Quatro vitórias e um empate depois, a Académica conheceu a palavra derrota nesta fase da temporada. E o desaire aconteceu, em Penafiel, diante de um conjunto que só foi verdadeiramente atrevido após o intervalo, isto porque até esse período foi a Briosa que mandou, que dispôs das melhores oportunidades e, portanto, a derrota era cenário que estaria longe das previsões.
E o menor rendimento da turma conimbricense no segundo tempo - que não contou com onze jogadores que trabalharam de manhã em Coimbra, e que são, precisamente, os que mais perto estarão da titularidade - explica-se, nomeadamente, com a batalha no meio-campo. É que por uma questão de gestão de esforço, Jorge Costa abdicou de Hélder Cabral ao intervalo e puxou o trinco Grilo para a faixa esquerda da retaguarda, que estava (e continuou) a ser um dos melhores da Académica. Só que com a saída do ex-júnior do sector intermediário os capas negras perderam uma referência no "miolo" (Bischoff não convenceu na posição 6) e até a dupla de centrais (Sow e Amoreirinha) sentiu maiores dificuldades para travar Michel e Manoel.
E se no primeiro tempo foram uma mão-cheia as ocasiões que os academistas tiveram, com a mais flagrante a pertencer ao espanhol Enrique Carreño (rendeu o lesionado Laionel), na segunda metade a bola andou mais longe da baliza de Márcio Santos, embora a Briosa ainda tenha reclamado um penálti. Melhor nesta fase, o Penafiel lá conseguiu chegar ao golo. Manoel lançou Jardel que viu Ricardo defender por instinto, mas o guardião já não foi a tempo de evitar a recarga vitoriosa do recém-entrado Pedro Nunes.
Penafiel 1 - Académica 0
Estádio Municipal 25 de Abril
Árbitro Humberto Teixeira (AF Porto)
Treinador: Lázaro Oliveira
Márcio Ramos; Dias, Sandro, Ginho e Elízio; Hugo Soares; Kanu, Bruno Madeira e Jardel; Michel e Cascavel.
Jogaram ainda: Stephane, Pedro Coronas, Manoel, Vagner, Zamorano, Pedro Nunes e Penela.
Treinador Jorge Costa
Barroca; Pedro Costa, Pape Sow, Amoreirinha e Hélder Cabral; Grilo, Júnior Paraíba e Bischoff; Laionel, Sissoko e Amessan.
Jogaram ainda: Carreño, Ricardo, Hugo Morais e Diogo Ribeiro.
Ao intervalo 0-0
Golos 68' Pedro Nunes
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Como jogaram os novos da Académica
Pape Sow
Ainda estará longe da melhor condição física e isso serve, de algum modo, de atenuante para a exibição menos conseguida em Penafiel. Jogou como defesa-central e teve algumas hesitações.
Júnior Paraíba
Foi a melhor unidade academista em campo. Assumiu-se como o patrão do sector intermediário, não tendo medo de ter a bola nos pés. Não evitou os despiques individuais e ganhou mesmo a maioria dos que enfrentou.
Laionel
Só participou em meia hora do encontro por causa de uma lesão. Encostado ao lado direito do ataque, o extremo brasileiro travou um interessante "diálogo" com o penafidelense Elízio. Aos 17 minutos foi, por muito pouco, que não facturou.
Carreño
Vê-se que o atleta proveniente dos espanhóis do Sevilha não tem problemas de assumir a responsabilidade de atirar à baliza, o que não deixa de ser positivo. No entanto, faltou-lhe clarividência para decidir melhor na hora de finalizar. Desperdiçou uma excelente oportunidade.
Hugo Morais
Recuperado de uma lesão, o experiente centrocampista que chegou a Coimbra proveniente do Leixões trouxe alguma frescura nos segundos 45 minutos. Simples, eficaz e pragmático tentou empurrar a equipa para a frente.
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A equipa profissional da Académica cumpriu hoje mais um teste de pré-temporada, desta feita em Penafiel, onde averbou o seu primeiro desaire da pré-época. A Briosa acabaria por sofrer o golo da derrota no decorrer da segunda metade num encontro que fica marcado pelo facto de o árbitro ter voltado atrás na decisão de assinalar grande penalidade para os "estudantes".
Jorge Costa não levou toda a equipa para o Norte, tendo optado por deixar na cidade de Coimbra alguns jogadores que assim treinaram de manhã na Academia Dolce Vita. Desta feita, o técnico da Briosa iniciou o jogo em Penafiel com Barroca na baliza e um quarteto defensivo formado por Pedro Costa, Amoreirinha, Pape Sow e Hélder Cabral. No meio campo jogaram Grilo, Júnior Paraíba e Bischoff, sendo que o trio da frente era formado por Sissoko, Amessan e Laionel. No decorrer da partida entraram ainda Carreño, Hugo Morais, Ricardo e Diogo Ribeiro.
O jogo explica-se, aliás, por duas partes distintas. Na primeira só deu Académica com a equipa de Jorge Costa a não ter feito, pelo menos em quatro ocasiões, aquilo que parecia ser o mais certo. Sissoko e Laionel estiveram perdulários na frente de ataque mas diga-se também que muito do jogo da Briosa passava por eles.
O intervalo chegou com o nulo no marcador e na etapa complementar a turma de Lázaro, sem muito ter feito para isso, acabaria por chegar ao golo numa recarga que o jogador do Penafiel não desperdiçou.
Até final a Académica tentou ir em busca do empate e esteve várias vezes perto de o conseguir. Num desses lances, Sissoko foi derrubado dentro de área e o árbitro assinalou a respectiva grande penalidade. Contudo, após consultar o árbitro assistente, a falta foi marcada... fora da área.
O encontro chegava ao fim com a vitória do Penafiel por 1-0 num resultado que não belisca a boa pré-temporada que a Briosa tem vindo a realizar.
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