A Académica volta a jogar na sexta-feira no Estádio Cidade de Coimbra, após o concerto dos U2 e da aplicação de um novo relvado. A ocasião não podia ser melhor para aliar o momento especial a mais uma vitória, desta feita sobre o Nacional, que permitiria à Briosa voltar ao segundo lugar da classificação.
«Acho que esta equipa pode render mais se os palcos forem melhores. Vamos pisar a nova relva amanhã, para o treino, mas já temos informações de que está boa. É mais um factor que nos favorece. Era bom inaugurar o relvado com uma vitória e dar um bom espectáculo, já agora com mais gente nas bancadas», sintetiza Jorge Costa, por estes dias um confesso «treinador tranquilo» por via do desempenho positivo dos estudantes nas três frentes comeptitivas.
O técnico da Académica acredita que a partida com os madeirenses será de qualidade, por aquilo que ambas as equipas vêm fazendo, com golos, e para a qual a meta de somar os três pontos é inabalável. «Já tivemos no segundo lugar e mais uma vez digo que não é esse o nosso objectivo, mas, sendo um jogo em casa, uma oportunidade de somar mais três pontos e dar um salto na tabela, temos de aproveitar. Mentiria se não dissesse que tenho sonhos ou não faço as minhas contas. Estamos com uma boa média pontual que gostaríamos de melhorar, se possível. O objectivo é somar o máximo na primeira volta para depois continuarmos a pontuar, mas jogando mais desinibidos.»
Ciente de que os erros recentes, cometidos nos jogos das Taça, não podem voltar a repetir-se, Jorge Costa traça um perfil elogioso do adversário de sexta-feira: «O Nacional, este ano, tem jogadores diferentes mas de qualidade, é uma equipa que joga muito bem e vamos ter de ter paciência quando não tivermos bola. Mas também deixa jogar, fazendo o jogo pelo jogo, e tem individualidades que podem fazer a diferença.»
«Um central ao ataque? Eu já não jogo...»
A Académica possui o segundo melhor ataque da Liga, numa posição porventura surpreendente tratando-se de uma equipa comandada por um ex-defesa central. Jorge Costa, com recurso a uma dose de humor, explica como é possível obter registos tão bons: «Eu já não jogo [sorrisos]... Acima de tudo, temos de tirar máximo proveito do que temos à disposição mas também respeitar quem paga bilhete e fomentar um futebol positivo. A minha forma de contribuir para isso, é procurar sempre que as minhas equipas pratiquem bom futebol, com constante procura do golo. Agora, sabemos que isso implica riscos...»
É justamente para os perigos de quem passa muito tempo no ataque que o técnico lança um alerta, prometendo cada vez mais empenho na tentativa de corrigir alguns erros: «Os últimos dois jogos têm de ser retirados do contesto daquilo que tem sido a Académica no Campeonato, por vários factores, como as alterações na equipa. Estamos mais expostos e sabemos que temos sofrido golos evitáveis. Mais do que chamar a atenção, temos de trabalhar esses aspectos»
Na preparação para o encontro, destaque para as ausências de Barroca, devido a um traumatismo no pé esquerdo, e de Carreño, com mialgia. Já Nuno Coelho e Sougou, jogadores que têm apresentado algumas limitações, trabalharam em pleno e, salvo algum imponderável, vão assumir os respectivos lugares na equipa inicial que enfrentará o Nacional.
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