Depois da intempérie que impediu o Marítimo de viajar no passado sábado e da falta de entendimento entre os clubes sobre nova data para o encontro, a Liga acabou por marcar a partida para esta quarta-feira, concluindo-se a 13ª jornada da Liga. O ligeiro adiamento, de três dias, parece não ter prejudicado as equipas que nem jogam para a Taça de Portugal no próximo fim-de-semana e, assim, voltarão a ter mais tempo para preparar os próximos compromissos ao nível do campeonato.
Jorge Costa assinalou com gosto, na última conferência, o facto de ser questionado, amiudadas vezes, sobre novos feitos, novas conquistas ou desafios em perspectiva para a Académica. A equipa já conseguiu o melhor registo pontual numa primeira volta desde que o campeonato é disputado por 16 clubes mas a ambição do jovem técnico leva-o a querer sempre mais: agora, a meta é terminar o primeiro turno com 27 pontos, tantos quantos costumam ser suficientes para obter a manutenção.
Para isso, será preciso vencer não só o Marítimo como também os próximos dois encontros, em Braga e com o P. Ferreira. Mas bater os insulares significará, por si só, outro feito para a formação de Jorge Costa, algo que nem André Villas Boas conseguiu na época passada: seria a segunda vitória consecutiva dos estudantes para a Liga.
Claro que em causa estará também a possibilidade de alcançar o quinto lugar da classificação mas o discurso do treinador conimbricense esteve sempre mais voltado para os pontos, afinal é o que interessa, do que para lugares na tabela. Há que aproveitar a embalagem dos dois últimos triunfos fora de portas, em Aveiro, para a Taça de Portugal, e em Setúbal, no regresso a casa onde a Briosa ainda só perdeu para F.C. Porto e Sporting.
Estes são alguns dos argumentos aos quais Pedro Martins terá de estar atento, além do facto de a Briosa deter o quarto melhor ataque da prova, a seguir ao de dragões, águias e bracarenses, e de só não ter marcado num único jogo esta temporada, justamente diante do líder do campeonato. Mas para os golos estão os madeirenses preparados: com apenas oito consentidos, melhor só mesmo o incrível F.C. Porto. Além disso, a equipa já não perde há seis jogos e vem de um triunfo moralizante sobre o V. Guimarães.
Sougou e Kléber, os grandes ausentes
Num jogo que pode ser um bom espectáculo, fica o lamento pelas ausências daqueles que serão, provavelmente, os jogadores mais importantes em cada um dos plantéis. Sougou é o segundo melhor marcador dos estudantes e, normalmente, garante grandes momentos no ataque. Já a importância de Kléber fica patente nos números: tem os mesmos golos do senegalês, quatro, mas a equipa só marcou sete no total!
Perante a ausência, por lesão, do goleador, Pedro Martins prescindiu agora do jovem avançado Arsénio, da equipa B, porque o hiato de tempo permitiu recuperar Kanu e ainda João Guilherme. Quanto a Jorge Costa, não acrescentou ninguém à lista divulgada no sábado. Assim sendo, Pape Sow está de volta mas, mais importante ainda, Miguel Fidalgo, o melhor marcador da equipa, com seis golos, figura de novo entre os disponíveis.
Equipas prováveis:
ACADÉMICA: Peiser; Pedrinho, Orlando, Amoreirinha e Hélder Cabral; Nuno Coelho; Diogo Melo e Hugo Morais; Éder, Miguel Fidalgo e Diogo Valente.
Outros convocados: Ricardo, Pedro Costa, Luiz Nunes, Pape Sow, Júnior Paraíba, Sissoko, Laionel e Carreño.
MARÍTIMO: Marcelo; Ricardo Esteves, Robson, Roberge e Luciano Amaral; Rafael Miranda, Sidnei e Tchô; Marquinho, Baba e Djalma.
Outros convocados: Peçanha, Alonso, Luís Guilherme, André Vilas Boas, Roberto Sousa, Cherrad e Kanu.
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