A Académica é a próxima equipa a desafiar a invencibilidade do F.C. Porto no campeonato. A tarefa é de peso mas Ulisses Morais não lhe atribui grande significado, prometendo fazer uso da boa organização da equipa, diante de uma adversário que começa a roçar a perfeição
«É para isso que se trabalha e é sempre possível fazer mais porque queremos atingir algo que não sabemos se existe. O Porto está muito perto disso. Os resultados assim o dizem. E quando a força anímica é grande, pode-se manter essa consistência e equilíbrio durante muito tempo. O Porto estará perto da excelência, a caminho da perfeição», defende o treinador dos estudantes, que também acredita que a equipa não irá entrar no Dragão já com as meias-finais da Taça de Portugal na cabeça.
As armas da Briosa são simples: «Não é fácil surpreender o Porto mas vamos ter uma Académica equilibrada, consciente das suas possibilidades, e procurando criar condições, através da organização, ligação, entendimento e compreensão do jogo do Porto, para não se deixar surpreender. Só depois, será possível anular a competência deles, criar as tais condições de surpresa. Para surpreendermos, primeiro, é importante não sermos surpreendidos.»
O técnico sublinha ainda que a sua equipa vai «preocupar-se o quanto baste com o adversári», mas, acima de tudo, com «aquilo que deve fazer». «Só depois de abrirmos o jogo poderemos ver em que ponto estamos, para atingir o nosso objectivo, que passa por alcançar o maior número de pontos possível», acrescentou.
«Porto condicionado? Não acredito»
O calendário de jogos dos dragões continua sobrecarregado, com a equipa envolvida em três frentes, mas Ulisses Morais não vê nisso uma oportunidade para tornar o adversário mais acessível, seja pela via do cansaço, seja por eventuais poupanças de André Villas Boas.
«Não acredito. No passado, o Porto fez um conjunto de semana atípicas, para nós, digamos assim, mas muito regulares em termos de resultados e as diferenças não foram praticamente nenhumas. É um Porto forte que esperamos e não condicionado», assegura, classificando ainda os azuis e brancos como um «motivo de preocupação geral» e não apenas um «somatório de individualidades», a propósito da preponderância de Hulk.
Por falar em condicionalismos, a Briosa não poderá contar com os seus dois principais pontas-de-lança, Éder e Miguel Fidalgo, ambos por lesão. «É algo que cria algum problema de circunstância, porque temos menos duas opções. Perdemos dois jogadores, é certo, mas apostamos em todos os outros», finalizou.
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