Conferência de Imprensa do técnico para o jogo com o Sp. Braga soou a despedida. Agradeceu a todos a manutenção, afirmando-se «orgulhoso» pela conquista do objectivo mas revelou incómodo pelo clube dar mostras de não querer renovar-lhe o contrato
O jogo do próximo domingo, com o Sp. Braga, poderá ser o último de Ulisses Morais ao serviço da Académica em Coimbra. Já se sabia que o clube, ao contrário do que revelara na apresentação, contratou o técnico apenas até final da época, embora tendo mais uma de opção, mas agora ficou-se a saber que dificilmente haverá renovação.
O treinador, visivelmente incomodado pela situação, mostrou desagrado pela forma como tem sido conduzido o processo, sobretudo na altura em que defende ter atingido o objectivo imposto pela direcção, até com «brilhantismo». Garante Ulisses Morais que tudo estaria encaminhado para a continuidade há umas semanas mas, de um momento para o outro, o cenário ter-se-á alterado.
«Não tenho a certeza de vou continuar mas gostaria de ter. Havia um compromisso nesse sentido, mas meteram-se outras prioridades, neste caso a manutenção. Há cerca de um mês conversámos sobre o futuro e ficou claro o que ele seria, juntos. Falámos pouco sobre aquisições, planeamento, mas o suficiente para perceber em que ponto estamos e ficou estabelecida a continuidade, mas não concretizada. É pena. O clube tem outras prioridades, como as eleições», destacou.
«Eleições? Já se sabia quando cheguei...»
O acto eleitoral, ainda assim, «já estava previsto há um mês», ou quando chegou ao clube, em Fevereiro, lembrou o técnico, cada vez mais crispado: «Não é de todo simpático nem me agrada, em termos profissionais. Não foi para isso que começámos a conversa mas não sou eu que trato do futuro do clube. Os meus compromissos foram todos cumpridos aqui, sou um homem de palavra. As cláusulas, mesmo escritas, nem sempre valem. Tem de haver um compromisso de homens. Têm cumprido comigo em termos de relacionamento, mas nesse aspecto não tem sido assim.»
Ulisses Morais deu ainda a entender que, caso não lhe seja comunicada rapidamente uma decisão, poderá não estar disponível depois das eleições, que terão lugar até 15 de Junho. «Não sou refém das decisões dos outros, nem me sujeito a situações hipócritas. Depois de tudo isto, mais uma vez alcancei o objectivo quando tudo podia ficar em causa. Só posso estar orgulho e satisfeitíssimo. Estou de consciência tranquila. E convicto da verdade, que me dá confiança e serenidade.»
Para o final fica aquilo que, cronologicamente, abriu a conferência, mas faz agora mais sentido: «Não queria esquecer nem ser ingrato, em virtude de termos alcançado a manutenção atempadamente. Queria dividir o mérito. Estou agradecido ao desempenho, fundamentalmente, dos jogadores e a todos à minha volta que acreditaram. Todos me ajudaram e confiaram em mim. Fico honrado pelo convite da Académica, nas circunstâncias e momento, em que surgiu. Também não esqueço o adepto, o sócio, o cidadão anónimo e a Mancha Negra.»
O treinador, visivelmente incomodado pela situação, mostrou desagrado pela forma como tem sido conduzido o processo, sobretudo na altura em que defende ter atingido o objectivo imposto pela direcção, até com «brilhantismo». Garante Ulisses Morais que tudo estaria encaminhado para a continuidade há umas semanas mas, de um momento para o outro, o cenário ter-se-á alterado.
«Não tenho a certeza de vou continuar mas gostaria de ter. Havia um compromisso nesse sentido, mas meteram-se outras prioridades, neste caso a manutenção. Há cerca de um mês conversámos sobre o futuro e ficou claro o que ele seria, juntos. Falámos pouco sobre aquisições, planeamento, mas o suficiente para perceber em que ponto estamos e ficou estabelecida a continuidade, mas não concretizada. É pena. O clube tem outras prioridades, como as eleições», destacou.
«Eleições? Já se sabia quando cheguei...»
O acto eleitoral, ainda assim, «já estava previsto há um mês», ou quando chegou ao clube, em Fevereiro, lembrou o técnico, cada vez mais crispado: «Não é de todo simpático nem me agrada, em termos profissionais. Não foi para isso que começámos a conversa mas não sou eu que trato do futuro do clube. Os meus compromissos foram todos cumpridos aqui, sou um homem de palavra. As cláusulas, mesmo escritas, nem sempre valem. Tem de haver um compromisso de homens. Têm cumprido comigo em termos de relacionamento, mas nesse aspecto não tem sido assim.»
Ulisses Morais deu ainda a entender que, caso não lhe seja comunicada rapidamente uma decisão, poderá não estar disponível depois das eleições, que terão lugar até 15 de Junho. «Não sou refém das decisões dos outros, nem me sujeito a situações hipócritas. Depois de tudo isto, mais uma vez alcancei o objectivo quando tudo podia ficar em causa. Só posso estar orgulho e satisfeitíssimo. Estou de consciência tranquila. E convicto da verdade, que me dá confiança e serenidade.»
Para o final fica aquilo que, cronologicamente, abriu a conferência, mas faz agora mais sentido: «Não queria esquecer nem ser ingrato, em virtude de termos alcançado a manutenção atempadamente. Queria dividir o mérito. Estou agradecido ao desempenho, fundamentalmente, dos jogadores e a todos à minha volta que acreditaram. Todos me ajudaram e confiaram em mim. Fico honrado pelo convite da Académica, nas circunstâncias e momento, em que surgiu. Também não esqueço o adepto, o sócio, o cidadão anónimo e a Mancha Negra.»
Sem comentários:
Enviar um comentário