Pedro Emanuel acabou por consentir o pedido e os adeptos, rodeados pelo plantel, pediram explicações pelo ciclo de 15 jogos sem vencer na Liga Zon Sagres e deixaram uma mensagem de confiança para as últimas três jornadas.
Eram 10h30 quando o plantel da Académica recebeu uma visita-surpresa no treino. Cerca de 40 elementos da Mancha Negra (MN) entraram pelas instalações da Academia Dolce Vita e "invadiram" ordeiramente o treino que a equipa estudantil se encontrava a realizar. A sessão tinha começado há pouco tempo, mas a claque queria transmitir uma mensagem ao grupo. Um dos elementos da equipa técnica ainda procurou que a conversa apenas tivesse lugar no final do treino, mas os adeptos não pretendiam adiar o assunto. Até o próprio Pedro Emanuel terá tentado que a conversa fosse consigo, mas nada. O intuito dos membros da Mancha Negra era mesmo falar com todos. Sem exceção.
Segundo O JOGO conseguiu apurar, o presidente da falange de apoio, durante cerca de cinco minutos, discursou para todo o grupo de trabalho, incentivando-o, mas também alertando-o para as mudanças de atitude que os jogadores têm tido durante os jogos, pedindo-lhes mais empenho nas quatro partidas (três para a Liga ZON Sagres e uma para a Taça de Portugal) que faltam disputar. A propósito do Jamor, João Paulo Fernandes parabenizou o grupo por ter entrado na história, mas também o alertou para a possibilidade de ser recordado pelas piores razões, caso a formação academista seja despromovida à Liga Orangina. Jogadores e treinadores registaram o gesto, mas ninguém falou. Apenas escutaram. Pouco depois, os elementos da Mancha Negra terão abandonado o recinto de forma pacífica e ao que parece a cantar uma canção do seu reportório musical: "Força rapazes!".
Esta foi a terceira vez que a MN confrontou a equipa, mas desta vez num registo diferente. As outras foram para contestar as derrotas com Beira-Mar e Olhanense que atiraram a equipa para um incómodo 14º lugar, apenas dois pontos acima da zona de despromoção.
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