O documento que foi colocado à aprovação dos associados não contempla ainda as verbas respeitantes à Liga Europa, já que o clube não tem histórico de participações internacionais. No entanto, ficou a saber-se que as receitas provenientes da presença europeia serão aplicadas na amortização do passivo e em investimentos na Academia Dolce Vita.
Manuel Arnaut, vice-presidente para a área financeira, explicou aos sócios os principais pontos do orçamento apresentado:
- É um orçamento que estima as receitas de forma conservadora e os custos de forma objetiva. Temos que pensar num cenário o mais prudente possível. Sabemos que iremos receber um prémio de participação na Liga Europa, havendo ainda as verbas provenientes das receitas televisivas, mas os valores são altamente variáveis e daí, neste orçamento, não constarem quaisquer referências a essas receitas.
O presidente do Conselho Fiscal, António Preto, justificou o parecer favorável que o órgão deu ao orçamento:
- O orçamento recebeu o parecer favorável do Conselho Fiscal porque é um orçamento conservador, muito semelhante ao da época passada. É muito importante que a Académica continue a ter os pés bem assentes na terra. Relativamente à nossa participação na Liga Europa é muito razoável e prudente não estar presente neste orçamento, já que não há dados concretos de despesas e receitas.
in abola.pt
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A Académica continua a baixar o orçamento global do clube, mas, na próxima época, inverterá a tendência de também cortar nos gastos com o futebol profissional. Pelo menos essa é a primeira análise a retirar do documento aprovado esta terça-feira pelos sócios da Briosa, numa Assembleia-Geral onde a Taça de Portugal conquistada em Maio voltou a marcar presença.
Os responsáveis do clube preveem gastar 4,867 milhões com a nova temporada, um valor apenas 2,66 por cento (133 mil euros) mais baixo em relação ao valor orçamentado para a anterior, que se fixou nos cinco milhões de euros. Ainda assim, será um dos valores mais baixos de sempre.
No ano passado, a verba afeta ao futebol sofreu um corte de 18 por cento, ou seja, recebeu menos 600 mil euros, quedando-se pelos três milhões de euros, o montante mais baixo de sempre nessa matéria desde que o clube voltou a jogar na I Divisão.
Representava apenas 60 por cento dos gastos, mas na próxima época passará a significar 71 por cento do orçamento total, com um valor de 3, 465 milhões de euros, quase mais meio milhão de euros em relação à pretérita campanha.
Lucros esperam-se na Liga Europa
Em ano de regresso às competições europeias, compreende-se o aumento da verba destinada à principal atividade da instituição, mas esta está longe de ser a estimativa mais alta para a modalidade dos últimos anos. Com exceção da época passada, o futebol tem vindo a receber, em média, 3,6 milhões de euros.
De qualquer forma, é intenção dos dirigentes estudantis reduzir progressivamente os custos com o futebol, mormente no âmbito das remunerações e encargos sociais. Significativo foi também o facto de não terem sido contempladas nem as receitas, nem os custos da participação na Liga Europa.
O desconhecimento da forma como as verbas serão distribuídas pela UEFA, além de o grupo ainda não ter sido sorteado, recomendam prudência, mas já há destino para os lucros esperados: investimento na academia do clube e abatimento do passivo, que deverá baixar substancialmente.
in maisfutebol.pt
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