Autor da reforma do ensino na década de 1970 que ficou conhecida com o seu nome, José Veiga Simão, que este sábado morreu aos 85 anos, vítima de doença prolongada, foi professor universitário e político, três vezes ministro, antes e depois do 25 de Abril de 1974.
Nascido a 13 de Fevereiro de 1929 na Guarda, Veiga Simão licenciou-se em Ciências Fisico-Químicas, em 1951, doutorou-se em Física Nuclear pela Universidade de Cambridge, foi professor catedrático da Universidade de Coimbra, reitor da Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo, Moçambique).
Veiga Simão era também o sócio número 1 da Académica, tendo visitado as instalações do clube e um treino em 2012, na companhia do Presidente da Direcção da Briosa, José Eduardo Simões, dias antes da Final da Taça de Portugal.
O funeral de Veiga Simão realiza-se no domingo para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Veiga Simão: O académico e o cidadão
O Professor Veiga Simão foi, ao longo de todo o seu percurso por esta vida, um Académico distinto e um cidadão exemplar.
Licenciou-se em Coimbra, uma terra que amou, e entregou-se com desvelo a uma Universidade que serviu com o melhor do seu saber e a energia da sua cativante personalidade. Clarividente, tinha uma visão de vida e de mundo não circunscrita a dogmas pré-estabelecidos.
A sua cultura europeísta colocou-o à frente dos Homens do seu tempo, rasgando perspectivas e horizontes para um Portugal que ele pretendia mais moderno e plural.
Foi um adepto incondicional da Académica das boas e sobretudo das más horas, respondendo sempre presente quando a Briosa precisava do seu apoio. Como em 1972, na campanha da segunda divisão, onde na Escola Agrícola, no final da caminhada vitoriosa, proferiu um brilhante discurso de agradecimento e saudação àqueles que protagonizaram o regresso a um lugar de onde a Briosa nunca deveria ter saído.
A Académica perde dolorosamente o seu sócio número um, mas mais do que isso perde alguém que sempre norteou o seu percurso desportivo, pelo confesso amor à camisola negra e a uma Coimbra que amou e serviu como poucos.
A família enlutada e aos seus amigos, a Direcção da AAC/OAF deixa os seus mais sentidos pêsames e a expressão do seu mais profundo pesar.
in AAC-OAF
Jogos da Liga respeitam minuto de silêncio em memória de Veiga Simão (29J)
Os jogos da I Liga de futebol serão antecedidos de um minuto de silêncio, em memória do antigo ministro da Educação e da Defesa Veiga Simão, que morreu no sábado, aos 85 anos.
A Liga Portuguesa de Futebol (LPFP) informa em comunicado que, por sugestão da Académica de Coimbra, será respeito um minuto de silêncio “em memória a Veiga Simão, figura de referência na Sociedade Portuguesa, especialmente ao nível da Educação onde lançou as bases da democratização da escola, estabelecendo o direito à educação e à igualdade de oportunidades”.
Licenciado em Físico-Química pela Universidade de Coimbra e doutorado em Física Nuclear na Universidade de Cambridge, Veiga Simão foi professor e reitor da Universidade de Lourenço Marques na década de 1960.
Foi o último ministro da Educação antes do 25 de Abril, tendo lançado uma profunda reforma no ensino que ficou conhecida como a “reforma Veiga Simão”.
Depois da revolução dos Cravos foi deputado socialista pela Guarda, ministro da Energia (1983-1985) no Governo de Mário Soares e da Defesa Nacional (1997-1999) quando era primeiro-ministro António Guterres.
in futebol365
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