13 de fevereiro de 2015

Tensão na academia abala futuro do clube

JOVENS PROMESSAS EM ROTA DE COLISÃO COM A BRIOSA

O incidente protagonizado com um extintor – que resultou em danos materiais – por alguns dos jogadores da formação que residiam na academia da Académica e que foram suspensos e impedidos de pernoitar nas instalações vai ter fortes consequências na equipa de juniores e também no futuro do clube.

Dos jogadores que ontem receberam ordem de expulsão da academia, muitos já não regressam. Ao que Record apurou, a decisão do presidente José Eduardo Simões não caiu bem na maioria dos pais e empresários dos atletas, motivando que muitos deles pedissem a desvinculação. Assim, em risco de abandonar Coimbra estão algumas promessas, como João Gomes, Ibrahim, Moussa e Mbala, avançado que, inclusive, já se estreou pela equipa principal, marcando o único golo na visita ao FC Porto, referente à Taça da Liga.

Além disso, esta medida acaba por ser um passo atrás na reestruturação que a Académica vinha fazendo. Alguns dos jogadores que agora estão na porta de saída estavam já inscritos na Liga.

Reações

Contactado por Record, o vice-presidente para a formação, António Figueiredo, admitiu o incidente, embora se tenha mostrado confiante de que o clube irá encontrar a melhor solução. “Apurámos que são três os responsáveis pelos atos, que consideramos impróprios, pelo que deixaremos de contar com eles. Os restantes elementos serão reintegrados”, disse, sem apontar nomes.

Visão bem contrária tem Armando Taborda, representante de dois dos suspensos. “Já informei a Académica que o Ibrahim e o Moussa não regressam. Aliás, posso até dizer que o Ibrahim vai para o P. Ferreira. Se fosse por algumas pessoas, os miúdos teriam dormido na rua. Só o Miguel Ribeiro [n.d.r.: diretor da formação] se preocupou e teve um comportamento digno, porque de resto é inqualificável”, defendeu.

in record 

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