3 de outubro de 2009

2009/2010 - 07J - Académica 2-4 Marítimo: Crónica

Triste fado o desta Académica versão 2009/10, que não sabe ganhar e, no exame (final?) a Rogério Gonçalves, conseguiu fazer a pior exibição da época e perder perante um Marítimo acabou por encontrar em Coimbra o almejado balão de oxigénio. Com este resultado, esgotou-se a já pouca paciência dos adeptos e, muito provavelmente, a do próprio presidente da Briosa, também ele certamente incrédulo perante a produtividade da equipa no jogo que deveria ser do tudo ou nada.
Começou cedo o descalabro da Briosa. Por ironia, o primeiro golo insular surge logo a seguir a uma substituição forçada para Van der Gaag, que viu o guarda-redes Peçanha lesionar-se e teve, por isso, de meter Marcelo a frio. Mas o aparente revés foi como que um momento de fortuna para os verde-rubros, já que foi o próprio guardião a dar início à jogada do primeiro tento, apontado por Marcinho, depois de um erro de Amoreirinha.
Em desvantagem, a Académica ficou irremediavelmente afectada. O pouco futebol apresentado até então reduziu-se a cinzas e o Marítimo, em sentido contrário, cresceu e passou a explorar o contra-ataque na perfeição para chegar ao segundo golo, com todas as facilidades da defesa da casa.
Nas bancadas, havia apenas 2500 adeptos mas passaram a ouvir-se num ápice, lançando impropérios em direcção ao presidente estudantil e, claro, de Rogério Gonçalves. Pouco importava o que se passava nas quatro linhas, onde o desespero tomava conta da equipa da casa, à espera do intervalo e de mais um coro de assobios. Ao invés, os insulares mostravam serenidade e mantinham os acontecimentos sob controlo.
A confirmação da derrocada
A segunda parte começa praticamente com o 1-2, depois de uma jogada confusa, em que a bola parecia não querer entrar. Miguel Fidalgo, acabado de entrar no jogo, assim como Lito, mostrou a Sougou como se faz e reduziu a desvantagem para os conimbricenses.
Pensou-se que haveria jogo até ao fim, dada a aproximação no resultado mas a Académica não só não foi capaz de asfixiar o adversário como voltou a repetir erros na defesa, permitindo ao adversário acabar com eventuais dúvidas. De positivo, nesta partida, além da revitalização dos insulares, ficam os seis golos, algo sempre de salutar numa partida da Liga.
Para o Marítimo, que vinha de três derrotas consecutivas, não podia haver melhor redenção nem estreia mais auspiciosa para van der Gaag. Já a Académica terá de repensar a época, num futuro que não deverá contar mais com Rogério Gonçalves.
Quatro meses e meio sem vitórias, depois da excelente temporada passada com Domingos, assim o obrigam. Vem aí uma pausa no Campeonato, competição para a qual a Briosa só volta a jogar dia 25, no Dragão. Pelo meio, terá dois compromissos, para a Taça da Liga e Taça de Portugal, frente a equipas da Liga de Honra.

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