27 de fevereiro de 2010

2009/10 - 21J - Académica - Rio Ave: Convocados Luiz Nunes é novidade

O regresso de Luiz Nunes, motivando a saída de Amoreirinha, é a única novidade na lista de convocados da Académica, que este domingo recebe o Rio Ave em Coimbra.

Amoreirinha sai do lote de eleitos por mera opção do técnico André Villas Boas, que ainda não poderá contar com o médio Tiero, a cumprir o segundo de dois jogos de suspensão. Bruno Amaro, Miguel Fidalgo e Éder continuam de fora devido a lesão.

Eis a lista de 19 convocados:

Guarda-Redes: Rui Nereu e Ricardo;

Defesas: Pedrinho, Pedro Costa, Luiz Nunes, Berger, Orlando, Emídio Rafael e Hélder Cabral;

Médios: Paulo Sérgio, Cris, André Fontes, Nuno Coelho e Diogo Gomes;

Avançados: Lito, Sougou, João Ribeiro, Vouho e Bibishkov.

Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro convocados para a Selecção Sub-23

Os jogadores da Académica, Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro foram chamados por António Simões para se juntarem aos trabalhos da Selecção Nacional Sub-23, que irá preparar o International Challenge Trophy, onde a equipa das equipas tem encontro marcado com o País de Gales, no dia 3 de Março.

Os "estudantes" são mesmo o clube mais representado na lista de convocados, a par do FC Porto e do Sporting, que levam também três jogadores à selecção portuguesa.

As chamadas de Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro, que curiosamente chegaram à Briosa no início da presente temporada, premeiam sobretudo a forma como a equipa se tem exibido na Liga Sagres. André Villas Boas já por várias vezes disse em conferência de imprensa que um bom desempenho colectivo acaba por ser benéfico para os jogadores em termos individuais, uma afirmação que tem nesta convocatória a prova perfeita.

Para além do mais, é notória a aposta da Académica em jovens jogadores portugueses, pela que a chamada dos três atletas à Selecção Nacional mostra que este é o caminho a seguir por parte dos "estudantes". António Simões não teve dúvidas em avaliar a qualidade de Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro e com isso ganha a Académica enquanto colectivo.



Jogadores "contentes" por representarem a Selecção

O site oficial da Académica esteve hoje à conversa com os jogadores chamados por António Simões para a Selecção Nacional sub-23 e todos eles manifestaram o seu contentamento e orgulho por vestirem a camisola das quinas.

"Ir à Selecção é sempre uma sensação muito boa. Vamos três jogadores da Académica e é importante salientar isso. É um orgulho estar na selecção e será sempre uma meta na minha carreira", disse Nuno Coelho.

João Ribeiro falou também da sua felicidade em voltar a ser convocado depois de algum tempo de ausência.

"Já há algum tempo que não ia, quase há três anos... Poder regressar e trabalhar com pessoas que conheço é sempre bom e é uma meta a atingir na carreira. Esse é um dos grandes objectivos.", adiantou.

Para terminar, também o lateral esquerdo Emídio Rafael comentou a sua chamada à Selecção Nacional e agradeceu aos colegas de equipa, pois sem eles nada seria possível.

"Estou muito satisfeito. Temos feito um bom trabalho na Académica, e sem os meus colegas de equipa era difícil chegar à Selecção. Jogo na Académica e por isso ser convocado para representar Portugal será sempre um objectivo", disse.

Para o encontro frente aos galeses, que será disputado no dia 3 de Março, em Fátima, pelas 15:00, António Simões chamou 18 jogadores. A saber:


Académica: Emídio Rafael, João Ribeiro e Nuno Coelho;
Benfica: Fábio Coentão;
Bolton Wanderers: Vaz Té;
Celta de Vigo: Vasco Fernandes;
FC Porto: Ruben Micael, Miguel Lopes, Nuno André Coelho;
PAOK: Vieirinha;
Rio Ave: Bruno Gama e Vítor Gomes;
Sporting: Rui Patrício, Saleiro e Yannick;
Toulouse: Paulo Machado;
Valladolid: Pelé;
Vitória de Setúbal: Mário Felgueiras.

Bocas: Villas Boas volta a negar contactos com o Sporting

O tema começa a tornar-se recorrente e, por enquanto, André Villas Boas ainda consegue responder com alguma boa disposição e encontrar argumentos novos, apesar da insistência dos jornalistas. O jovem técnico assegura que está de pedra e cal em Coimbra, «mesmo que os jornais continuem a inventar» uma eventual abordagem para rumar a Alvalade.
«Se houvesse conversações o Sporting e eu seriamos penalizados pela CMVM. Não há nem pode haver contactos porque, para isso, o clube tem de fazer uma comunicação», afirma o treinador, escusando-se nos regulamentos, mas confirmando a cláusula de rescisão do seu contrato: «Para sair para qualquer clube, terá de pagar x. Se é um valor acessível? Sim, penso que sim. Já foram pagos valores mais altos por treinadores portugueses.»
O técnico recusou-se ainda a comentar a contratação do ex-internacional Costinha para o lugar de Sá Pinto no Sporting, apesar de ter trabalhado com ele no passado, quando fazia parte da equipa técnica de José Mourinho.
Aparentemente indiferente, o técnico confirmou o seu aval nas recentes renovações de Berger e Orlando, «numa lógica de continuidade», enquadrada na duração do seu próprio contrato (até 2011), independentemente daquilo que o futuro possa reservar-lhe.
Europa é «conversa fiada», por enquanto
Com apenas quatro pontos a separá-los da luta pela Liga Europa, os estudantes estão, de certa forma, entre dois objectivos. A manutenção está praticamente ao alcance de uma vitória e, depois, só se pode pensar em subir. Mas para Villas Boas ainda é cedo para traçar metas mais ambiciosas.
«Não é um problema mas trata-se de um factor a gerir com cautela porque, para a Europa ser viável, tem de haver uma transformação de rendimento. O nosso, apesar de bom, não é suficiente para isso. Parece-me conversa fiada e pode iludir as pessoas, criar falsas expectativas. Neste momento parece-me uma ambição desmedida», afiança sem deixar de lembrar, contudo, a «forte e invulgar média pontual» da equipa para quem chegou a estar no último lugar.
De volta a assuntos mais realistas, pelo menos por ora, o técnico quer repetir com o Rio Ave, próximo adversário da Briosa, a qualidade de jogo da primeira parte com o Belenenses, que permitiu selar mais uma vitória fora, além de outras exibições recentes. «Foi o reflexo da nossa identidade, é isto que procuramos. Não é a normal a frequência com que chegamos a ganhar 2-0 ao intervalo», observa, deixando um aviso para o jogo de domingo: «Com o Rio Ave, todos os cuidados serão poucos, porque está a um ponto de nós, é uma equipa muito organizada defensivamente, competente e com talentos individuais.»
Orgulho pelo trio nos sub-23
Depois de José Castro, há algumas épocas, a Académica volta a estar representada na selecção sub-23, e com uma presença inaudita: Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro. Tantos jogadores como o F.C. Porto ou o Sporting. «Vejo estas chamadas com um prazer enorme. Sempre defendemos que não queríamos a vinda de um jogador novo para transformar o grupo, mas sim uma transformação pelo próprio grupo. É fruto do trabalho colectivo que faz sobressair este jogadores e outros, que sabemos estarem a ser observados também por outros clubes», referiu o técnico, com visível orgulho.

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O técnico da Académica, André Villas-Boas, considera que em termos de dinâmica e motivação do grupo de trabalho existem algumas semelhanças entre a Briosa atual e o FC Porto de 2004, vencedor da Taça Uefa e da Liga portuguesa.
"Recordo-me apenas de um grupo de trabalho onde estive inserido que estivesse ao nível deste, que foi o do FC Porto vencedor da Taça UEFA e campeão nacional. É difícil encontrar grupos com esta dinâmica e união e encontrei-os aqui, depois de ter passado em grupos com grande qualidade e com grandes jogadores", observa o técnico dos estudantes.
Domingo, a Académica recebe o Rio Ave, jogo que Villas-Boas considera importante para ajudar a perceber os estudantes se poderão, ainda esta época, lutar por outros objetivos para além da permanência.

Plantel: Orlando renova até 2012

A Académica continua a acautelar-se em relação ao futuro e, depois da renovação de Markus Berger, chegou a vez do também central (e capitão) Orlando renovar por mais duas épocas, ele que era um dos integrantes de uma considerável lista de atletas em final de contrato.
«Estou satisfeito por ter renovado. Tenho tido um percurso positivo na Académica e estou feliz por continuar aqui mais dois anos. Espero que os adeptos nos continuem a apoiar... Como capitão, tenho a dizer que o plantel tudo vai fazer para conseguir bons resultados. Sem o apoio dos nossos adeptos, não somos ninguém», afirmou o jogador ao site do clube.
Depois de ter resolvido este caso pendente, a Briosa tem mais 13 jogadores (contando com Pedro Roma, ainda inscrito) em final de contrato: Pedro Roma, Luiz Nunes, Bruno Amaro, Miguel Fidalgo (ambos emprestados pelo Nacional), Bru, Tiero, André Fontes, Bibishkov, João Ribeiro (emprestado pelo Frenaros FC 2000, da II Divisão do Chipre), Paulo Sérgio, Rui Nereu, Diogo Gomes e Cris. Pelo menos com estes três últimos, sabe o Maisfutebol, já houve conversações no sentido de também renovarem.

Bocas: Diogo Gomes olha para a Europa

E num ápice uma equipa que lutava para não descer começa a pensar mais alto. É o que aconteceu à Académica depois da vitória no Restelo. A classificação assim o dita e os próprios jogadores já começam a pensar num objectivo mais alto, como referiu esta quinta-feira o médio Diogo Gomes.
«Agora a gente pensa na Europa, porque estamos a quatro pontos apenas desse objectivo, mas temos de pensar em vencer jogo a jogo para chegar lá naturalmente. Se vencermos o próximo jogo [em casa com o Rio Ave] quase garantimos a manutenção mas temos de nos concentrar noutros objectivos. Ainda por cima, vamos jogar contra uma equipa do mesmo nível, temos tudo para ganhar», admite o brasileiro.
Diante dos vila-condenses, não há dúvidas, os estudantes querem mais três pontos: «Vamos procurar fazer um bom jogo, como temos feito até aqui, concentrados, e jogar bem para conseguir um resultado positivo. Será uma partida difícil, pois o Rio Ave tem bons jogadores, mas estamos em bom momento, temos de ir para cima deles.»
Diogo Gomes é uma das provas daquilo que André Villas Boas tem afirmado em relação a dar oportunidades a todos os jogadores. Pouco utilizado na primeira metade da época, o esquerdino tem ganho preponderância na equipa e, neste momento, já faz parte das escolhas habituais. «Fico feliz, venho procurando trabalhar para dar o máximo, agora é manter para dar sequência. Foi difícil conseguir uma sequência de jogos, graças a Deus estou a conseguir ajudar a equipa», confessa.
Para essa metamorfose, contribuiu também o papel de Villas Boas, a quem deixa elogios: «É um treinador de grande nível, que procura incentivar, dar força, e cobra nos treinos. Isso vê-se depois nos jogos.»

Abordagem para renovar
Diogo Gomes é um dos vários jogadores em final de contrato e, tal como noutros caso, tem havido conversações para manter o jogador em Coimbra. O jogador revela que o seu empresário já foi abordado e demonstra vontade de continuar de losango ao peito.
«O facto de jogar mais poderá ser importante para renovar, sempre melhora a situação, mas isso deixo com meu empresário para resolver as coisas. Claro que aqui já estou adaptado aos companheiros e à cidade, será mais fácil. Sei que conversaram com o meu representante, mas não entrei em detalhes.»

Lesões: Emídio sofre entorse e Vouho tem traumatismo

A Académica trouxe três pontos do Restelo mas ganhou mais dois lesionados para juntar a Bruno Amaro, Miguel Fidalgo e Éder, que não viajaram para Lisboa justamente por se encontrarem em recuperação. Emídio Rafael e Vouho tiveram, inclusive, de abandonar o encontro devido a problemas físicos. O primeiro, substituído por Hélder Cabral logo aos 39 minutos, sofreu uma entorse ligeira da articulação tibiotársica, enquanto o segundo, autor do primeiro golo da partida, queixa-se de um traumatismo provocado por uma joelhada de um adversário.

O departamento clínico da Briosa emitiu nesta terça-feira um parecer sobre a situação de ambos os atletas, mas, ao que foi possível, apurar, as mazelas não inspiram cuidados de maior e, embora possam falhar o primeiro treino da semana, nesta quarta, prevê-se que possam estar recuperados para o encontro de domingo, frente ao Rio Ave.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Arbitragem Vasco Santos

Vasco Santos e os seus assistentes passaram sem grandes reparos pelo jogo do Restelo embora tenham ficado algumas dúvidas em quedas de Vouho (26') e Barge (45'+2') nas áreas contrárias. A partida teve alguma dureza, mas sem que se justificasse um critério disciplinar mais apertado. Apesar disso, o juiz permitiu algumas perdas de tempo.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Filme do jogo

8' Arrancada pela direita de Sougou, que cruza para Emídio Rafael chegar ligeiramente atrasado.


9' Lance idêntico de Sougou para Emídio Rafael, agora pelo ar. O jogador da Académica fura por entre os centrais belenenses e cabeceia por alto.


11' Novo desequilíbrio de Sougou na direita, agora a dar a Cris, que assiste Vouho. Este remata, e Assis desvia para canto.


18' [0-1] Vouho inaugura o marcador.


22' [0-2] Diogo Gomes cobra um canto da direita e Berger, entre os dois centrais do Belenenses, cabeceia com eficácia.


25' Remate de longe de Celestino, à figura.


28' Celestino volta a mostrar-se rematando com força de longe, mas por cima.


60'[1-2] Finalmente, uma jogada completa do Belenenses. O lance começa em Celestino, que serve Lima na área. Este recebe, olha e passa atrasado para Yontcha, que, rodando, atira fora do alcance de Ricardo.


83' Na sequência de um livre indirecto cobrado por Hélder Cabral, a bola vai contra o corpo de Sougou, acabando nas mãos de Assis.


85' Mano oferece o corpo à bola, na pequena área, e evita o golo de João Ribeiro.

18' [0-1]
Impor respeito é meio caminho para a vitória


Após (mais um) excelente trabalho de Sougou, Pedro Costa cruza da direita, com precisão, para onde está Vouho. O avançado da Académica, pleno de oportunidade, aproveita a falha defensiva do Belenenses para abrir a contagem.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Académica - um a um



Ricardo 5
Sem culpa no golo sofrido.


Pedro Costa 5
Foi-lhe difícil travar Fredy.


Orlando 6
Seguro. Tapou bem o caminho da sua baliza.


Berger 5
Deu asas a Yontcha e tramou-se, mas antes disso marcou o golo que seria decisivo.


Emídio Rafael 4
Saiu tocado, mas antes ainda desequilibrou no ataque.


Nuno Coelho 6
Estanque, ainda municiou algumas jogadas de perigo.


Cris 5
Seguro a defender e passes certos para o ataque.


Diogo Gomes 5
Algumas boas iniciativas pelo flanco esquerdo.


João Ribeiro 6
Veloz e oportuno nas saídas para o ataque. Deu criatividade ao meio-campo, já galvanizado por Sougou.


Vouho 5
Fez um golo, mas depois poderia ter sido mais incisivo.


Hélder Cabral 5

Fajardo não lhe deu trabalho.


Paulo Sérgio 3
Não trouxe nada de novo.


Lito 4
Tentou o golo e colocou em sentido a defesa.


FIGURA


Sougou 7
Em ebulição pela asa direita derreteu defesa de manteiga


Fez o que quis da defesa do Belenenses e, para tal, contou com o desacerto total de Tiago Gomes, parecendo faca quente em manteiga. Astuto, jogou a seu bel-prazer e dos seus pés brotaram várias ocasiões de golo que, com outra eficácia, sua e dos companheiros, poderiam sustentar um resultado mais volumoso para a Académica.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Opiniões

O treinador da Académica, André Villas Boas, em declarações após o encontro com o Belenenses:
«Com algum sofrimento lá conseguimos ganhar. Fizemos uma primeira parte claramente superior ao Belenenses. Mas qualquer golo do Belenenses mudava o sentido de jogo. Criou-se ansiedade tal nos nossos jogadores que permitiu a superioridade do Belenenses na segunda parte. De resto, uma primeira parte muito boa, que nos levou a uma vantagem tranquila. A partir do 2-1 tentámos a gestão do resultado e valeu o esforço e o facto de termos tido uma semana para preparar o jogo, no sentido de assegurar a manutenção o mais rápido possível. Não digo que tivemos facilidades, acho que a nossa primeira parte foi boa, num campo bastante estragado. Fizemos ver um pouco do que fizemos em Alvalade e no Dragão, em que nos sentimos confiantes a atacar com bola. Acho que é mais mérito nosso que o contrário. Agora, a emoção de uma equipa que luta para não descer influenciou o jogo e quando aconteceu o 2-1 mudou o sentido do encontro.»
«Este foi um salto importante em relação ao que aconteceu este fim-de-semana. Talvez os 26 pontos sejam suficientes para a permanência ou talvez não. É preciso continuar a pontuar até estar assegurada. Depois, ambicionar o mais alto possível. Após um período bom para nós, vem um ciclo difícil. Vamos valorizar o que temos feito e tentar fazer 26 pontos com o Rio Ave.»

O treinador do Belenenses, Toni, em declarações após o encontro com a Académica:
«Primeira parte muito muito má, penso que devido à ansiedade dos jogadore, que acho que não a controlaram. A equipa entoru muito nervosa e concedeu o queo adversário queria. Dois golos muito consentidos, mas nisso o adver¿sairo não tem culpa. A segunda paret foi bem diferente, reduzimos a desvantagem e acreditei que pudéssemos dar a volta. Houve atitude, mas não fomos a tempo. Este jogo era muito importante. as coisas estão mais difíceis, faltam pontos para conseguir manutenção. Sentimos que a equipa tem duas identidades. Fizemos um excelenet jogo na Lz e passados oito dias foi o inverso. No futebol o preço sai alto. Na primeira paret a equipa não conseguiu ser consistente. Todos os jogos são finais.»
«Gabriel Gomez? Foi opção minha. Quisemos um meio-campo mais criativo, atendendo que o adversário jogava com um só médio-defensivo. Mas não foi por isso que a equipa deu vantagem ao adversário. Houve jogadores que bloquearam. Temos de encontrar fórmulas, não é fácil para uma equipa que só ganhou uma vez. Temos de encontrar força e unir-nos para encontrar o caminho. Temos de ter capacidade para sofrer. É um momento triste para o clube, não podemos fugir à realidade. Somos profissionais, o clube fez contratos com todos para os cumprirmos com profissionalismo. E ter fé de que é possível. Faltam dez jogos, vamos ver. Foi um golpe muito duro, para nós, temos de admitir.»

Berger, defesa da Académica, em declarações após o encontro com o Belenenses: «Fizemos um bom jogo, na primeira parte fomos superiores, muito superiores. Os três pontos foram merecidos.»

João Ribeiro, jogador da Académica, em declarações na flash interview da SportTV depois da vitória frente ao Belenenses: «Fizemos uma primeira parte muito boa. Entrámos na segunda parte muito concentrados na mesma mas sofremos um golo. Tivemos de ficar mais atentos. Com o nosso espírito de grupo e qualidade, conseguimos ganhar. Ganhar em Alvalade deu mais motivação, estamos a trabalhar bem. Pensamos em vencer jogo a jogo, apenas isso, depois quem sabe pensar em outras coisas.»


José Pedro, médio do Belenenses, comentou desta forma o desaire frente à Académica. Declarações na flash interview da SportTV: «Entrámos muito mal no jogo, aos 20 minutos já estávamos a perder por 0-2. Tínhamos obrigatoriamente que vencer e sabíamos que a Académica vinha cá em contra-ataque, apostando nas bolas paradas. Devíamos ter prestado mais atenção nesses lances. Estamos numa situação muito complicada. Temos estado sempre atrás do prejuízo, estamos a falhar em muitos pormenores. Temos de pensar doutra forma. Não há volta a dar, o campeonato está a chegar ao final e temos de inverter a situação o mais rapidamente possível.»

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Destaques

Diogo Gomes
Em qualquer parte do terreno pediu a bola. Sem medo de assumir o jogo, foi o bom organizador dos estudantes. De cabeça levantada e pés tecnicistas, foi abrindo brechas na defesa lisboeta, ora com passes curtos à esquerda, ora com lançamentos compridos para a direita. Assistiu Berger num pontapé de canto. É justo, o brasileiro merecia estar na boa estatística de um jogo em que foi o melhor dos intérpretes. Em suma, um pé esquerdo para rever.
Sougou
Voltou de castigo e vinha com fome de bola. Na ala direita tratou de dar velocidade à Académica e colocar em apuros Tiago Gomes. Mais veloz, mais tecnicista, mais tyudo que o adversário desta noite. É certo que não marcou, nem fez qualquer assistência, mas foi por ali que nasceu grande parte do perigo da briosa. Por ali, e pelo outro lado.
João Ribeiro
Bem na esquerda, tal como Sougou na direita. Tabelou várias vezes com Diogo Gomes, colocou esforço em todas as jogadas divididas e ajudou ainda a defender. Não foi preciso recuar muito, é verdade, mas não deixou de cumprir.
Vouhou e Berger
Marcaram os golos da vitória da Académica, mas até merece mais destaque o central que o costa-marfinense. Berger segurou com Orlando a baliza de Rucardo, após o 2-1, enquanto Vouhou desapareceu do jogo até sair lesionado.
Devic
Toni pedira competência, mas o sérvio não deve ter ouvido. Um erro grande deu origem ao 1-0 da Académica e a partir daí o Belenenses teve de correr atrás do marcador. Um tiro no pé de Devic, não só na exibição individual, mas também pela posição em que colocou a equipa.
Yonctha
Entrou como sinal do treinador de que era preciso atacar a defesa da Académica. Fê-lo e chegou ao golo, após bom trabalho na área, a passe de Lima. Com o brasileiro fez boa dupla e ofereceu poder físico ao ataque do Belenenses. Depois de estar em campo, os lisboetas foram diferentes. Para melhor.
Celestino
O mais perigoso do Belenenses, ainda que sempre fora da área. Uma entrada duríssima sobre Emídio Rafael quase o tirava do jogo, mas a vontade de mostrar e de levar a equipa para a frente era tanto que o excesso até foi compreendido pelo árbitro. No mais, foi rematador e o único a dar a sensação de conseguir bater Ricardo até à entrada de Yontcha.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Crónica

Um Belenenses em demasiada aflição, uma Académica com vista para a Europa. A Briosa coloca-se em posição de entrar na corrida europeia, enquanto os lisboetas, parece, têm cada vez mais o destino traçado. Uma só vitória em vinte jogos é demasiado pouco para quem tem de fugir ao último lugar. Houve reacção depois do intervalo, sim, mas não apagou o desacerto do primeiro tempo, para infortúnio dos azuis. Se conimbricenses e lisboetas partiram para 2009/10 com a manutenção em mente, a dez jogos do fim uns têm a meta a um passo, os outros a II Liga, que está mais próxima com o calendário a esgotar-se.


Demorou pouco para se perceber que a Académica queria assumir o encontro. Num jogo que até o capitão Zé Pedro qualificara de decisivo, o Belenenses entrou pensativo, a tentar perceber os estudantes, em vez de, não há outro modo de o dizer, «ir com tudo» para cima do adversário, como ousou fazer no segundo tempo.

Cinco minutos bastaram para a Académica ver Sougou na direita e canalizar por ali o ataque; três momentos iguais, com o senegalês a deixar para trás Tiago Gomes indicavam que o golo estava mais próximo para os visitantes. Assis ainda o evitou, mas Devic meteu tanta água como o Tejo e deixou Vouhou à vontade para o 1-0.

Mais cinco minutos e o encontro parecia definido. Berger elevava-se na área e o 2-0 encostava a Académica na luta europeia. Do outro lado, as dificuldades em criar qualquer coisa eram enormes. Havia ansiedade de chegar à baliza contrária, faltava discernimento, e só mesmo o coração mandava a equipa do Restelo para a frente. O coração e Toni, que dava esse sinal, com a entrada de Yonctha. As repercussões não foram imediatas, porque o camaronês não chegou a um cruzamento de Lima. Mas a segunda parte estava logo ali. Ainda bem para os do Restelo, que precisava mesmo de descanso depois de andar os 45 iniciais a correr atrás de adversários.

Agora sim, o tudo por tudo

Quase parecia outra equipa, aquela que jogou pelo Belenenses na segunda metade. Entrada «com tudo» em atitude e Lima e Yontcha a darem o corpo, as pernas e a alma pelo Belém. Entre o brasileiro e o camaronês os lisboetas inventaram um golo. O Restelo fez-se ouvir e apertou punhos em busca pelos pontos.

Villas Boas também «entrou» no jogo. Tirava Cris e lançava os centímetros de Paulo Sérgio. Era preciso desligar o motor ao Belenenses, era hora de jogar no corpo a corpo, mano a mano. Ou seja, era necessária tanta força quanto aquela que empurrava o Belenenses para a frente, uma equipa que era cada vez mais física, mais aplicada. Venceram por fim os dentes cerrados e a força da briosa.

Como se disse, a permanência está a cinco pontos. Nesse aspecto, o Belenenses terminou como começara a partida. Mas o tic-tac das jornadas e desempenhos como os dos primeiros 45 minutos fazem parecer que a distância é bem maior. Do Restelo vê-se o Tejo, mas não se vê a salvação.

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A Académica venceu hoje o Belenenses no Estádio do Restelo por 2-1 numa partida que encerrou as contas da 20ª jornada da Liga Sagres. A Briosa mostrou classe na primeira parte e construiu uma vantagem de dois golos que nunca esteve realmente em causa tal foi a atitude, mas sobretudo a garra, que a equipa mostrou na etapa complementar.




Cedo se percebeu que André Villas Boas montara uma estratégia que tinha em mente a conquista de três pontos. Com Sougou e João Ribeiro bem abertos nas alas, Cris e Diogo Gomes estavam à vontade para furar a macia defesa dos azuis que pouca solidez mostrou durante o encontro. E foi assim que a Briosa realizou as suas primeiras jogadas de perigo, com Sougou, Emídio Rafael e Vouho a colocarem à prova o guardião Assis que, com maior ou menor dificuldade, lá ia impedindo o golo forasteiro.



Por esta altura, o domínio dos "estudantes" era por demais evidente e o golo parecia que não iria tardar muito a aparecer. E assim foi. Aos 18 minutos, o marfinense Vouho estreou-se a marcar na Liga Sagres ao desviar na perfeição um cruzamento de Pedro Costa na esquerda. O lateral da Académica colocou no 27 da Briosa que, perante a passividade de Devic, só teve de desviar o esférico de Assis para abrir a contagem.

O tento dos "estudantes" trouxe justiça ao marcador e o Belenenses nada conseguia fazer. A supremacia da Académica era tanta que cinco minutos depois foi a vez de Berger festejar novo golo para a turma que viajou de Coimbra. Diogo Gomes cobrou um canto da esquerda e o central austríaco saltou mais alto que a defensiva azul para assim dilatar a vantagem da Briosa, com um excelente golpe de cabeça.




A vencer por 2-0 na partida, cabia agora aos "estudantes" gerirem os acontecimentos. António Conceição percebeu que algo ia mal na sua equipa e lançou Yontcha no encontro para o lugar do jovem André Almeida, mas nem assim o Belenenses mostrou a coesão suficiente para assustar uma poderosa e agressiva Académica na primeira metade. Apenas perto do intervalo, os azuis do Restelo incomodaram Ricardo mas a defensiva da Briosa mostrou a segurança necessária para levar uma preciosa vantagem de dois golos para o intervalo.

Na segunda metade, a história do jogo foi um pouco diferente. A Briosa já não apareceu tão acutilante, mas a verdade é que também não tinha de o ser, optando por entregar as despesas do jogo a um Belenenses ansioso que não mostrou futebol para sair do Restelo com qualquer ponto.

O Belenenses atacava com mais coração do que cabeça mas chegou a colocar em perigo a vantagem da Académica quando, aos 59 minutos, Yontcha colocou o marcador em 2-1. A equipa de António Conceição acreditava, pelo menos, que era possível chegar ao empate mas a maturidade dos "estudantes" revelou-se fundamental para assegurar três importantes pontos na tabela classificativa.

Até final, registo para uma oportunidade perdida de Sougou, já dentro da área azul, e ainda para uma grande jogada de João Ribeiro que por pouco não deu o terceiro à Briosa.

Com esta vitória, a Académica soma 23 pontos na tabela classificativa, ocupando a 11ª posição do campeonato. Na próxima ronda, os "estudantes" recebem o Rio Ave.

2009/10 - 20J - Belenenses 1-2 Académica: Ficha de Jogo

Belenenses - Académica
Estádio do Restelo, em Lisboa
20:15


Belenenses: Assis; Mano, Devic, Marcos António e Tiago Gomes (Fredy, int); Celestino, André Almeida (Yontcha, 26´) e José Pedro; Fajardo (Cândido Costa, 73´), Lima e Barge.

Suplentes: Nelson, Gabriel Gomez, Yonctha, Mustafá, Fredy, Cândido Costa e Miguelito.

Treinador: António Conceição


Académica: Ricardo; Pedro Costa, Orlando, Berger e Emídio Rafael (Hélder Cabral, 39´); Cris (Paulo Sérgio, 66´), Nuno Coelho e Diogo Gomes; Vouho (Lito, 76´), Sougou e João Ribeiro.

Suplentes: Rui Nereu, Amoreirinha, Paulo Sérgio, Lito, Pedrinho, Bibishkov e Hélder Cabral.

Treinador: André Villas Boas


Árbitro: Vasco Santos, da AF Porto

Disciplina: Cartão amarelo para Celestino, 29´; Fajardo, 34´; Zé Pedro, 63´; Lito, 82´; Ricardo, 90´

Ao intervalo: 0-2

Resultado final: 1-2

Marcadores: 0-1 Vouho, 18´; 0-2 Berger, 23´; 1-2 Yontcha, 59´

Espectadores: 2000

21 de fevereiro de 2010

Villas Boas espera tiro pela culatra do Belenenses

André Villas Boas é um técnico muito atento àquilo que dizem os adversários nos dias anteriores a defrontarem a Académica. Já não é a primeira vez que o treinador dos estudantes demonstra ter a «lição bem estudada» e, desta vez, em vésperas de defrontar o Belenenses no Restelo, o antigo adjunto de Mourinho quer capitalizar a favor da sua equipa os discursos das hostes azuis que têm, segundo ele, atribuído um carácter decisivo à partida.

«O Belenenses foi sempre transmitido mensagens durante a semana no sentido de esta ser uma última oportunidade. Se é a estratégia correcta, não cabe a nós avaliar. Registamos a mesma ansiedade que registámos no jogo com Sporting [vitória em Alvalade, por 2-1]. Tanto querer pode fazer com que o tiro saia pela culatra. Na minha óptica, não é um jogo assim tão decisivo para o Belenenses, mas se é assim que o entende, mais níveis de ansiedade terão. É preciso não esquecer que não basta ganhar à Académica para conseguirem a manutenção, têm de provar regularidade, tal como nós», argumenta o jovem técnico.

A Académica tem vindo a melhor nos jogos fora, grande pecha esta época, e, por isso, independentemente de se tratar de um jogo frente ao último classificado, só há um pensamento na cabeça dos jogadores: «A nossa predisposição mental é sempre para ganhar. Temos de fazer a gestão destas mensagens de ansiedade que não facilitam nada, mas montaremos a nossa estratégia em função disso»

Sem Tiero mas com Bibi

André Villas Boas não esconde que a ausência de Tiero pode condicionar a equipa mas acredita que as boas indicações dadas por alguns elementos do plantel na Taça da Liga poderão servir para minimizar a falta: «É obvio que é jogador importante e influente. A sua ausência pode ter peso no rendimento da equipa mas temos jogadores prontos a responder. Esperemos que o nosso colectivo possa ser suficiente para colmatar ausência dele. Temos gente que tem estado a bom nível.»

Se uns estão indisponíveis, há quem venha aumentar o lote de alternativas, como é o caso do búlgaro Bibishkov, cujo certificado internacional já chegou a Portugal. Villas Boas relevou que o jogador «é opção» para o encontro de domingo, confirmando que irá, no mínimo, convocá-lo pela primeira vez até porque Miguel Fidalgo e Éder, outras soluções para o lugar, continuam em recuperação, sobrando apenas Vouho.

A terminar, o treinador abordou a questão do objectivo traçado pelo clube no início da época, que passava por igualar ou até superar o sétimo lugar da última época. «Não é impossível lá chegar mas o nosso percurso tem ficado mais difícil devido a falhas em certos detalhes. Isso faz a diferença. Ainda é atingível mas não vale a pena sonhar quando colectivamente estamos bem e, depois, em termos individuais, tem havido falhas de concentração, apesar de trabalharmos muito esses aspectos», defende, calculando que a equipa podia ter mais cinco pontos

20 de fevereiro de 2010

Pedro Roma distinguido com o Prémio Carreira

A Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra vai homenagear hoje Pedro Roma entregando-lhe o Prémio Carreira, numa cerimónia que decorre esta tarde no Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Coimbra.

Pedro Roma é um nome incontornável da Académica e perdurará certamente nos livros da História da Briosa, não só por todos os anos em que defendeu e continua a defender os interesses do clube, mas também por toda a dedicação e empenho que lhe são reconhecidos.

Para além disso, Pedro Roma simboliza também a tradição do jogador-estudante da Académica, o que o torna uma referência para a cidade de Coimbra e para a sua Academia, conferindo ainda mais justiça a este prémio.

A entrega do Prémio Carreira a Pedro Roma insere-se nas comemorações do Dia da Faculdade, que hoje celebra o seu 18º aniversário.

19 de fevereiro de 2010

Sougou diz ser fundamental vencer o Belenenses

O avançado senegalês Sougou considera fundamental uma vitória da Académica frente ao Belenenses, no jogo de segunda-feira a contar para a 20ª jornada da Liga Sagres, apontando-a como vital para a manutenção.

"É um jogo muito importante para nós, porque é fundamental para alcançar a manutenção. Temos que olhar para a frente e assegurar a manutenção o mais depressa possível", afirmou o jogador, em antevisão ao jogo que encerra mais uma jornada da Liga.

Questionado sobre o real valor dos "azuis" do Restelo, Sougou qualificou como "boa" a equipa adversária, dando como exemplo as suas prestações frente ao FC Porto e Benfica, apesar das derrotas sofridas nesses encontros.

"Temos que dar o máximo para ganhar esse jogo. Jogar fora é sempre difícil para nós, mas conseguimos ganhar em Leixões e Alvalade, por isso creio que a nossa equipa está a subir de rendimento", justificou o internacional senegalês.

Quanto a projectos de futuro, o avançado reiterou que ainda é possível alcançar a classificação da época passada (7º lugar), embora sublinhe que a sua equipa tem que vencer mais jogos em casa e também fora.

"Este jogo vem numa altura delicada para as duas equipas, pois a derrota de qualquer uma coloca-a numa situação difícil", admitiu.

Já quanto à possível utilização do búlgaro Bibishkov, dado que chegou esta quinta feira o seu certificado internacional, opinou tratar-se de "um bom jogador, que faz muitos golos" e que a equipa está feliz por poder contar com o seu contributo.

O encontro entre a Académica, 11ª classificada, com 20 pontos, e o Belenenses, último, com 11, disputa-se esta segunda feira, às 20:15, no Estádio do Restelo, com arbitragem de Vasco santos, do Porto.

Jogo amigável: Académica vence Tourizense

A Académica venceu na tarde desta quinta-feira o Tourizense por 2-0 num jogo amigável disputado no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra.

Este encontro serviu para André Villas Boas preparar o embate com o Belenenses que contará para a 20ª jornada da Liga Sagres, uma partida que está agendada para segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 20:15, no Estádio do Restelo.

A Briosa volta amanhã aos treinos, na Academia Dolce Vita, pelas 10:30, num apronto onde os primeiros 15 minutos serão abertos a Sócios, adeptos e comunicação social. No final da sessão de trabalho, um jogador da equipa profissional dos "estudantes" fará a antevisão do jogo com o Belenenses.

2009/10 - 20J - Belenenses - Académica: Vasco Santos apita

Vasco Santos vai ser o árbitro da partida entre a Académica e o Belenenses, agendada para segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 20:15, no Estádio do Restelo.

Vasco António Moreira dos Santos, de 33 anos, pertence à Associação de Futebol do Porto.

De salientar ainda que Alexandre Freitas e Bruno Trindade serão os árbitros auxiliares para este jogo

18 de fevereiro de 2010

Krum Bibishkov pode alinhar frente ao Belenenses

O búlgaro Krum Bibishkov, que veio do Steaua de Bucareste para a Académica, poderá alinhar segunda-feira frente ao Belenenses, dado que já deu entrada o seu certificado internacional nos serviços federativos.

Segundo o departamento de comunicação dos "estudantes", o único reforço do “mercado” de Janeiro será opção para o ataque na 20ª jornada da Liga Sagres, caso o técnico André Villas-Boas assim o entenda.

Ao avançado de 27 anos, o seu antigo clube romeno devia dinheiro, mas a situação terá sido desbloqueada e o jogador encontrava-se em Portugal desde o final de Janeiro, mas sem poder jogar.

Formado no Pirin (1998/99), o avançado já tinha passado pelo futebol português, quando entre 2004 e 2006 jogou no Marítimo e no Penafiel.

Outros clubes de Bibishkov foram o Levski de Sófia, o Marek, o Litex Lovech e por último o Steaua de Bucareste, que o cedeu à Académica a custo zero.

No treino de hoje dos "estudantes" o médio Bruno Amaro já começou a fazer corrida, juntamente com o avançado Miguel Fidalgo, sendo os únicos casos entregues ao departamento médico do clube.

Castigos: Tiero suspenso por 2 jogos

A Comissão Disciplinar da Liga suspendeu, por 2 jogos, o médio ganês Tiero, da Académica, na sequência da expulsão frente ao Olhanense, este domingo, em partida a contar para a 19.ª jornada da Liga.

Lesões: Éder regressa aos treinos

O regresso de Éder, ainda de que forma condicionada, foi o principal destaque do treino da Académica que decorreu esta quarta-feira na Academia do clube.

O avançado guineense voltou assim a pisar o relvado mês e meio após a cirurgia a que foi submetido ao menisco interno do joelho direito.

Pedro Costa também voltou a estar à disposição de André Villas Boas uma semana depois da contractura na perna direita sofrida no aquecimento para o jogo com o FC Porto, a contar para a Taça da Liga.

O avançado Miguel Fidalgo, a contas com uma lesão na coxa direita, treinou de forma condicionada sob vigilância médica, enquanto Bruno Amaro se preparar para ultrapassar o tempo previsto (cinco a seis meses) de recuperação.

Amanhã, o plantel dos “estudantes” volta a preparar a deslocação ao Restelo onde defrontará, segunda-feira, o Belenenses.

17 de fevereiro de 2010

2009/10 - 20J - Belenenses - Académica: Cris e Sougou voltam ao onze

André Villas-Boas vai ter de fazer forçosamente uma alteração no onze, uma vez que Tiero foi expulso diante do Olhanense e irá falhar a deslocação ao Estádio do Restelo. E tudo indica que o substituto será Cris, que, diante dos algarvios, foi preterido em detrimento de Diogo Gomes. Porém, deverá haver mais uma mexida, pois Sougou está de volta depois de cumprir castigo. E o internacional senegalês, que até é o melhor marcador da equipa, deverá retomar o lugar na direita do ataque, o que pode significar a saída de Lito.

Lesões: Éder e Fidalgo por recuperar

Os avançados Éder e Miguel Fidalgo continuam afastados do trabalho diário. O primeiro foi operado ao menisco e ainda não regressou ao ativo, ao passo que o segundo tem um traumatismo na coxa. A ausência de ambos, juntamente com o atraso no dossiê Bibishkov, tem levado o costa-marfinense Vouho ao onze. Ele que até esteve para ser emprestado no mercado de inverno (havia um acordo verbal com o Varzim), mas, neste momento, é de grande utilidade por ser o único ponta-de-lança disponível.

15 de fevereiro de 2010

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Resumo (Video)

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Minuto a minuto





A Académica fez mais para vencer antes da expulsão de Tiero, mas face ao equilíbrio da 1.ª parte e à falta de gás na reta final, não mereceu mais do que o empate. O Olhanense realizou um bom jogo em Coimbra e é justo o ponto que leva para o Algarve. As equipas continuam separadas por 2 pontos na tabela da Liga
17:51
FIM DO JOGO
90+3'

O remate de Ukra,de fora da área, bate na muralha defensiva da Académica...
90+3'

É a Olhanense que ataca no último lance do jogo...


É a Académica que procura os três pontos, mesmo reduzida a 10, após expulsão de Tiero


Quatro minutos de compensação
89'
OLHANENSE
 Cartão amarelo para Yazalde

Por simulação de falta dentro da área
85'

Grande oportunidade para a Académica !!!. Cris, em remate enrolado, quase marca, mas Ventura desvia para canto.
89'
OLHANENSE
Sai: Delson
Entra: Yazalde


Reduzida a 10 unidades, a Académica continua a procurar o golo, mas com a certeza que uma desatenção lá atrás pode deitar tudo a perder, pois o Olhanense não abranda
82'
ACADÉMICA
Cartão amarelo para Cris
74'
OLHANENSE
Sai: Paulo Sérgio
Entra: Toy
74'
ACADÉMICA
Sai: João Ribeiro
Entra: Amoreirinha
70'
OLHANENSE
Sai: Djalmir
Entra: Rabiola
69'
ACADÉMICA
Sai: Lito
Entra: Cris


A Académica vê-se privada de um dos seus médios de construção e Cris vai entrar...


Juiz Elmano Santos muito rigoroso na análise de um lance que deixou dúvidas sobre a intensidade
67'
ACADÉMICA
Cartão vermelho para William Tiero

Por falta dura sobre Carlos Fernandes.
64'

Bom remate de Delson, à malha lateral da baliza de Ricardo


A Académica entrou melhor na 2.ª parte. As aproximações à baliza de Ventura sucedem-se mas o empate mantém-se. O Olhanense parece agradado, para já, com o empate
60'

Lito precisou de sair para receber assistência, mas já voltou às quatro linhas
56'

Boa iniciativa de Lito, mas o remate sai à figura de Ventura.
53'
OLHANENSE
Miguel Ângelo

Por derrube a João Ribeiro
48'

Vouho remata pouco ao lado à entrada da área.


A Briosa entra na segunda parte a atacar
17:02
RECOMEÇA O JOGO


A igualdade ajusta-se. A Académica começou melhor, mas o golo (a frio) da Olhanense fez bem aos algarvios, que até poderiam ter aumentado a vantagem. A Briosa empatou, por Tiero, de grande penalidade, e depois voltou a ameaçar. Espera-se uma boa 2.ª parte entre duas equipas que gostam de atacar
16:47
INTERVALO
42'

Grande remate de Vouho (bela exibição) para defesa apertada de Ventura!
40'

Boa oportunidade para o Olhanense. Ricardo estava de novo no caminho da bola, com Castro a rematar já dentro da área, com muito perigo.
38'

Vouho, de cabeça, encontra Ventura no caminho da bola, mas foi perigoso o remate!


O jogo está aberto em Coimbra! O empate da Académica levantou os ânimos entre as bancadas


O golo de Tiero colocou justiça no marcador
33'
OLHANENSE
Rui Baião
32'
ACADÉMICA
GOOOOOLO de William Tiero de grande penalidade
32'
OLHANENSE
Cartão amarelo para Paulo Sérgio
31

Penálti para a Académica. Vouho sofre falta de Paulo Sérgio, quando fugia em velocidade pela esquerda.
27'

Grande oportunidade para o Olhanense!!! Djalmir aproveita mais uma brecha da defensiva estudantil, mas Ricardo salva o 0-2, atirando-se o relvado e defendendo com as pernas.


Villas Boas e Jorge Costa estão em sobressalto nos bancos. O técnico algarvio, após o golo, está um pouco mais tranquilo, enquanto Villas Boas aponta para o relvado várias vezes, a retificar posicionamentos dos seus jogadores
25'

O golo parece ter espevitado a Olhanense. Castro remata de fora da área e remata com perigo, mas ao lado, após desvio de um defesa.


A Olhanense coloca-se em vantagem na primeira oportunidade criada em Coimbra. 100 por cento eficaz!
22'
OLHANENSE
GOOOOOLO de Djalmir
Os algarvios cobram de forma rápida uma falta do lado esquerdo, Ukra olha para a área onde aparece Djalmir, totalmente desmarcado, a inaugurar o marcador. A defesa da Académica ficou a ver jogar...
17'

Esteve mais uma vez perto o golo da Académica. Na sequência de um pontapé de canto, Orlando aparece no coração da área e, surpreendido com as facilidades, desvia a bola ao lado do poste direito da baliza de Ventura


Cumprido o primeiro quarto de hora, a Académica continua a ser a equipa mais rematadora. O Olhanense ainda não assustou Ricardo uma única vez


A Briosa tem tido mais bola, enquanto a equipa de Jorge Costa se mantém na expectativa
8'

Grande oportunidade para a Académica. Vouho aparece à frente de Ventura, após passe de Lito, mas cabeceia ao lado.


Outra novidade no onze de Jorge Costa é Sandro, que regressa ao centro da defesa devido à indisponibilidade de Tengarrinha, castigado
3'

Primeiro remate do jogo pertence à Académica. Tiero, no ressalto de um pontapé de um canto, atira ao lado da baliza de Ventura
16:02
INÍCIO DO JOGO
Sai o Olhanense


Apesar da campanha de angariação de adeptos ainda está pouca gente nas bancadas do Cidade de Coimbra...


O médio Delson , reforço de inverno, vai ser titular pela primeira vez na equipa de Olhão


A onda de adeptos no último jogo da Briosa fora de portas (no Dragão, com cerca de dois milhares de estudantes nas bancadas) levou a claque Mancha Negra e a direção a promover uma campanha para os sócios com quotas em dia. Por cinco euros, os associados nessa condição puderam adquirir dois bilhetes.


As dificuldades de Villas-Boas para moldar o setor ofensivo têm sido algumas nas últimas semanas, sobretudo após as lesões de Éder (parado desde o início de janeiro) e Miguel Fidalgo (lesão traumática na coxa direita), a que se junta a adiada estreia de Bibishkov, “preso” pelo seu ex-clube, o Steaua Bucareste. Vouho continua a ser o único ponta-de-lança disponível para o treinador da equipa de Coimbra


São quatro os lesionados na equipa de Coimbra. Os avançados Éder e Miguel Fidalgo, o médio Bruno Amaro e o lateral Pedro Costa. No entanto, o grande ausente chama-se Sougou, que irá cumprir um jogo castigo.


Vai ser um jogo marcado por muitas ausências em ambas as equipas, tanto por lesão como por motivos disciplinares. Na equipa de Olhão, destaque para as ausências, por lesão, de Rui Duarte, Anselmo e Stéphane. Tengarrinha está castigado, enquanto três atletas se encontram sob alçada disciplinar: Ricardo Ferreira, Greg e Zequinha.


A Briosa venceu pela primeira vez fora na última jornada, precisamente na deslocação a Alvalade. E se este domingo ganhar ao Olhanense será a primeira série de duas vitórias consecutivas esta temporada, tanto era Rogério Gonçalves (saiu à 7.ª jornada) como na era Villas-Boas.


Boa tarde. Académica e Olhanense defrontam-se separados por apenas dois pontos na tabela classificativa, com vantagem para os estudantes, que têm 19, contra 17. Na antevisão do jogo, Villas-Boas disse que “esta pode ser última oportunidade para colar ao grupo da frente” e, de facto, olhando para a tabela, um empate ou derrota da Académica pode criar um fosso pontual demasiado largo entre o 10.º e o 11.º lugar. Por outro lado, os algarvios sabem que, em caso de triunfo, ultrapassam a Académica na classificação

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Arbitragem Elmano santos

Arbitragem

Sem erros


Houve dois lances capitais em que, aparentemente, o árbitro Elmano Santos terá decidido bem. No primeiro, entendeu que Paulo Sérgio cometeu falta sobre Vouho para grande penalidade; no segundo que Tiero agrediu Carlos Fernandes.

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Lances principais

Filme Do Jogo


8'
A bola é metida para as costas da defesa, com Lito a dar um toque subtil para Vouho, em óptima posição, atirar ao lado.


14'
João Ribeiro descobre Lito, que, sozinho, remata para as mãos de Ventura.


22' 
[0-1] Carlos Fernandes bate de forma rápida um livre, com Ukra a cruzar da esquerda para Djalmir, sem marcação, cabecear a contar.


25' 
Ukra quase marca de canto directo. A pronta intervenção de Ricardo foi decisiva.


27'
Castro, à entrada da área, faz um magnífico passe para Djalmir, que, sozinho, desperdiça na cara de Ricardo.


32'
[1-1] Vouho, na área, é derrubado por Paulo Sérgio. No penálti, Tiero restabelece a igualdade.


85'
Cris quase dá vitória à Briosa.

Momento do Jogo:

85' Ventura dá nega a Cris com o exame a terminar


O desafio caminhava para o fim, e nada fazia prever a alteração do resultado, mas a Briosa até chegou a estar perto de desfazer a igualdade. Após um remate de Vouho, Cris esteve à beira de concretizar, mas Ventura, mesmo em desequilíbrio, defendeu para canto.

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Opiniões

André Villas Boas (Académica)
«Atendendo às circunstâncias, foi um excelente resultado. Alertámos durante a semana para o facto de esta equipa ser das mais difíceis de defrontar. Tivemos um período inicial muito forte onde, normalmente, costumamos chegar à vantagem, mas faltou o último remate. A seguir ao golo deles tivemos um período muito mau em que acusámos o nervosismo de sofrer o primeiro golo. Mas, depois, tivemos uma resposta positiva, com o 1-1. A segunda parte poderia ser diferente se não tivesse havido expulsão. Depois disso, as alterações foram só para guardar um ponto, que serve - foi esse o sentimento no banco. Não é fácil jogar em Alvalade e depois no Dragão em semana. Não estávamos cansados, mas, obviamente, foram dois jogos de máxima exigência. Pelo contrário, estivemos muito bem fisicamente, atendendo à expulsão. Parece-me um resultado justo.»

Jorge Costa (Olhanense)
«Nos primeiros 15 minutos, por mérito da Académica e demérito nosso, houve um claro domínio deles mas, depois, nos últimos 30 minutos, estivemos bem, fizemos o golo e há momento chave, que é a oportunidade claríssima do Djalmir, que poderia ter morto o jogo. A segunda parte foi equilibrada, com oportunidades de ambos os lados, mas, quando ficámos em superioridade numérica, fomos precipitados, fizemos muito jogo interior, perdemos a nossa identidade e acabámos o jogo com um ponto. Poderá ser justo, mas houve um lance capital que poderia ter tornado o jogo diferente. Foi um bom jogo, não me pareceu complicado para o árbitro. Ambas as equipas estiveram bem. Parece-me claro que estamos na melhor fase da época. Temos tido algumas contrariedades mas estamos mais soltos, compactos, mais realistas e continuamos a praticar bom futebol. Temos feito o que nos faltou na primeira volta, que é sermos eficazes e conquistar pontos.»

Nuno Coelho, jogador da Académica:
«Acho que foi um jogo equilibrado, com um início mais forte da Académica. O golo do Olhanense aconteceu contra a corrente. Depois sentimos dificuldades para nos encontrar, mas fizemos o golo com justiça, apesar de ter sido de penalty. A segunda foi equilibrada, embora a expulsão tenha condicionado a nossa tarefa. Pareceu-me um simples encosto do Tiero, mas não cabe a mim decidir. Desgaste há sempre, porque tivemos três jogos em oito dias, mas demonstrámos que estávamos bem fisicamente.»

Djalmir, jogador da Olhanense:
«Concordo com o nosso técnico, se tivesse feito o segundo golo as coisas teriam sido diferentes, a Académica teria de abrir mais e nós, com jogadores rápidos, poderíamos aproveitar. É um ponto positivo, jogámos com uma equipa moralizada, bem organizada e que tem vindo a jogar bem. Um ponto, até porque foi um jogo fora, é sempre bem conseguido. Também concordo que este é o nosso melhor momento da época. Fizemos um campeonato irregular e só conseguimos consistência na segunda volta. Crescemos um pouco e agora é dar continuidade a esta senda.»

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Destaques

Ricardo
Deu nas vistas, sobretudo no período após o golo de Djalmir, quando o Olhanense começou a acertar em termos de contra-ataque e foi muito por culpa dele que os algarvios não ampliaram a vantagem nesse período. Foram pelo menos quatro as intervenções decisivas, com destaque para uma saída aos pés de Djalmir quando este surgia isolado.

Vouho
Foi, em certas alturas, a quarta opção para ponta-de-lança mas soube aproveitar as oportunidades que teve para conquistar a titularidade. Voltou a mostrar doses industriais de entrega, disfarçando algumas limitações técnicas, e, além de ter arrancado a grande penalidade a Paulo Sérgio, esteve em mais meia dúzia de lances que semearam o pânico na defesa olhanense.

Ukra
Assinou, quiçá, o momento da tarde com um centro de trivela, que levou a bola direitinha para a cabeça de Djalmir abrir o marcador. Só por esse momento de inspiração, um pouco arredado dos relvados portugueses desde a saída de Quaresma, já merece destaque, mas o jovem extremo fez muito mais, permitindo ao Olhanense dar aquela fluidez ao ataque que deixou os estudantes em pânico.

Castro
Com uma técnica e visão de jogo notáveis, foi uma espécie de charneira do contra-ataque venenoso dos algarvios. Na retina ficaram uma jogada de antologia com Djalmir, que permitiu ao brasileiro ficar isolado perante Ricardo, e um remate traiçoeiro, mais tarde, que o guarda-redes defendeu a custo.

Djalmir
Mais um golo para o goleador olhanense. Voltou já tarde à Liga, depois de uma passagem inglória pelo Belenenses, mas ainda a tempo de mostrar qualidades. Acertou uma vez com a baliza mas podia ter feito mais estragos tal o número de oportunidades de que dispôs. Valeu à Académica a inspiração de Ricardo entre os postes.

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Crónica

Sem Sougou e os jogos da Taça da Liga a pesarem nas pernas, a Académica pode encarar este empate em casa, 1-1, com o Olhanense como um mal menor, atendendo às circunstâncias da partida. Foi um desfecho, ainda assim, justo e ajustado ao valor actual das duas equipas, em franca recuperação na tabela classificativa. Em suma, uma divisão de pontos que não deixa de ser positiva para ambos os lados, permitindo fugir um pouco mais aos lugares da despromoção, numa luta que diz cada vez menos respeito a estudantes e algarvios.
A Académica começou melhor a partida, com um par de investidas com relativo perigo que serviram para trazer à tona alguma intranquilidade da defesa algarvia. A partida estava, assim, quase com sentido único quando, sem avisar, o Olhanense abriu o activo numa jogada que apanhou desprevenido o sector estudantil mais recuado. Num livre lateral, Rui Baião movimentou rapidamente para Ukra, que foi à linha cruzar de trivela e Djalmir só teve de encostar de cabeça, perante um desamparado Ricardo.
A partir daqui, o Olhanense abriu o livro. Com a Briosa a tentar reagir, os comandados de Jorge Costa começaram a desperdiçar oportunidade atrás de oportunidade, quase sempre a partir de jogadas de contra-ataque bem delineadas, que só não deram em golo porque Ricardo, com uma mão cheia de intervenções, impediu os forasteiros de resolver, logo ali, a partida.
Um erro de casting e mais outro
Quando o Olhanense estava mais próximo de chegar ao segundo golo, eis que uma má decisão de Paulo Sérgio, que derrubou Vouho em plena área, proporcionou o empate à equipa da casa. Com efeito, no lance em causa, o avançado marfinense ia para a linha de fundo e pará-lo à margem das leis seria sempre a pior opção. Um erro de casting, chamemos-lhe assim.
Com o plano estragado, os algarvios passaram novamente a assumir uma posição expectante, ainda para mais com o vento contra, numa segunda parte bem menos espectacular e emocionante. A Académica pressionava quando, mais uma vez, uma má decisão - não sabemos se do árbitro, exagerando na cor do cartão, ou do próprio jogador, se efectivamente houve agressão - levou Tiero mais cedo para os balneários, obrigando André Villas Boas a reformular a estratégia.
A partida ficou definitivamente aberta e, nos últimos minutos, a igualdade poderia ter sido desfeita por qualquer um dos lados, mas, teimosamente, o resultado não viria a sofrer mais nenhuma evolução.

_____________________

A Académica empatou hoje com o Olhanense a uma bola numa partida que contou para a 19ª jornada da Liga Sagres. Os golos apareceram todos na primeira parte, com Djalmir a abrir o marcador para os homens de Olhão ao minuto 22, sendo que a Briosa empatou por intermédio de Tiero, dez minutos depois, através da marcação de uma grande penalidade.

Como é habitual sempre que jogam em casa, os "estudantes" assumiram as despesas do encontro e rapidamente se percebeu que a equipa de André Villas Boas teria ascendente sobre o Olhanense. Vouho, Lito e Orlando dispuseram de boas situações para abrir a contagem mas seria o Olhanense, contra a corrente do jogo, a marcar primeiro. Rui Baião executou um livre de forma rápida e deu para Ukra que cruzou para a cabeça do avançado Djalmir que fez desta maneira o primeiro da tarde.

Contra todas as expectativas, a Académica via-se em desvantagem no marcador numa altura em que os forasteiros ainda pouco tinham mostrado. O golo gerou alguma intranquilidade nos homens da casa e o Olhanense dispôs de algumas situações que provocaram alguns calafrios ao guardião da Briosa, Ricardo, que se mostrou sempre à altura dos acontecimentos.

Os "estudantes" foram então em busca da igualdade e, aos 32 minutos, Vouho entrou na área e foi tocado por Rui Baião, com Elmano Santos a assinalar a grande penalidade. Chamado à conversão, Tiero não falhou e fez o empate para a Académica. Até ao final dos primeiros 45 minutos, Lito quase fez a reviravolta mas um corte na hora h de Miguel Ângelo evitou o pior para o Olhanense.

O intervalo chegou com o 1-1 no marcador e na segunda metade os 3152 espectadores presentes no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra voltaram a ver uma Académica mais afoita no ataque, embora a finalização nunca tenha sido a melhor. A Briosa tentava chegar ao golo mas aos 66 minutos o árbitro da partida, Elmano Santos, decidiu expulsar Tiero por suposta agressão a Carlos Fernandes. A decisão do juiz da partida parece muito exagerada e penalizou, e de que maneira, a equipa da casa, que agora tinha menos um homem em campo.

Apesar desta contrariedade, a Briosa tudo fez para chegar à vitória e foi a equipa que teve a melhor oportunidade, com Cris quase a marcar o segundo aos 85 minutos, num lance onde só a elasticidade de Ventura permitiu ao Olhanense sair de Coimbra com um ponto.

A equipa profissional da Briosa vai gozar agora dois dias de folga, regressando aos treinos na próxima quarta-feira. O Belenenses será o adversário seguinte dos "estudantes".

2009/10 - 19J - Académica 1-1 Olhanense: Ficha de Jogo

Académica - Olhanense
Estádio Finibanco Cidade de Coimbra
14-02-2010 - 16:00


Académica: Ricardo; Pedrinho (Paulo Sérgio, 84´), Berger, Orlando e Emídio Rafael; Nuno Coelho, Tiero e Diogo Gomes; Lito (Cris, 69´), Vouho e João Ribeiro (Amoreirinha, 74´).

Suplentes: Rui Nereu, Amoreirinha, Hélder Cabral, Paulo Sérgio, André Fontes e Cris e Amessan.

Treinador: André Villas Boas


Olhanense: Ventura; João Gonçalves, Miguel Ângelo, Sandro e Carlos Fernandes; Delson (Yazalde, 80´), Rui Baião e Castro; Paulo Sérgio (Toy, 73´), Djalmir (Rabiola, 70´) e Ukra.

Suplentes: Bruno Veríssimo, Lionn, Éder Baiano, Pietravallo, Toy, Yazalde e Rabiola.

Treinador: Jorge Costa


Árbitro: Elmano Santos, da AF Madeira

Disciplina: Cartão Amarelo para Paulo Sérgio, 31´; Rui Baião, 32´; Sandro, 52´; Cris, 81´; Yazalde, 89´. Cartão vermelho directo a Tiero, 66´

Ao intervalo: 1-1

Resultado final: 1-1

Marcadores: 0-1 Djalmir, 22´; 1-1 Tiero, 32´(gp) 
 
Espectadores:  3.152

14 de fevereiro de 2010

2009/10 - 19J - Académica - Olhanense: Antevisão

O Estádio Cidade de Coimbra, palco escolhido esta semana para albergar o próximo Portugal-China, poderá receber um dos jogos mais interessantes da 19ª jornada da Liga. Pelo menos em perspectiva, Académica (11º, 19 pontos) e Olhanense (13º, 17 pontos), pelos respectivos percursos recentes, surgem como equipas em subida na tabela, sobretudo os algarvios que, tal como referiu Jorge Costa, atravessam actualmente o melhor momento da época.
Com efeito, a equipa de Olhão, depois do clique gerado pelo empate em casa com o Benfica (2-2) na 13ª jornada, arrancou para uma recuperação notável, com apenas uma derrota (em Leiria) em seis jogos e alguns resultados importantes como a igualdade em Matosinhos e as vitórias sobre Naval e Nacional, esta na última jornada, ajudando ao salto na classificação e consequente saída dos lugares abaixo da linha de água.
Já a Académica terá perdido um pouco o fôlego por culpa da dispersão causada pela chegada a uma fase adiantada da Taça da Liga, mas logo se recompôs na semana passada com uma brilhante vitória em Alvalade, por sinal a primeira fora de portas esta época para a Liga. Os estudantes procuram conseguir, neste jogo, o segundo triunfo consecutivo, algo inédito esta temporada no campeonato, que lhes permitirá aproximar-se do pelotão que segue na sua frente e vai, por enquanto, até ao oitavo lugar.
O Olhanense, com um objectivo um pouco mais modesto, não quer deixar fugir o adversário deste domingo, se possível até ultrapassá-lo, desde que consiga manter-se longe do Leixões (recebe o F.C. Porto), a primeira equipa da zona de despromoção.
Villas Boas sem Sougou, Jorge Costa chama todos
À margem do jogo, destaque ainda para o reencontro entre André Villas Boas e Jorge Costa, depois de se terem cruzado, o primeiro como adjunto de Mourinho e o segundo enquanto jogador do F.C. Porto, nos primórdios da carreira do actual treinador dos estudantes.
Ambos os técnicos têm baixas a lamentar, nomeadamente a de Sougou, do lado da Briosa, já que o senegalês está castigado. Paulo Sérgio recuperou de lesão, porém dificilmente será opção, e os regressos de Amesan e André Fontes servem de certa maneira apenas para completar a lista, que volta a não contar com Bruno Amaro, Éder e Pedro Costa, todos lesionados. Bibishkov teria dado jeito mas, enquanto não regularizar a sua situação com o Steaua, não receberá o respectivo certificado internacional.
Os algarvios terão, todavia, maiores razões de queixas, pois viajaram para o centro do país apenas com os 18 jogadores. Anselmo, Rui Duarte e Stéphane estão lesionados, Tengarrinha castigado, e há ainda três atletas suspensos pelo clube: Ricardo Ferreira, Greg e Zequinha. Desta forma, Sandro, Éder Baiano e o Pietravallo regressaram aos eleitos.
Equipas prováveis:
ACADÉMICA: Ricardo; Pedrinho, Berger, Orlando e Emídio Rafael; Nuno Coelho, Cris e Tiero; Lito, Vouho e João Ribeiro.
Outros convocados: Rui Nereu, Amoreirinha, Hélder Cabral, Paulo Sérgio, Bru, André Fontes e Diogo Gomes e Amessan.
OLHANENSE: Ventura; João Gonçalves, Miguel Ângelo, Sandro e Carlos Fernandes; Delson, Rui Baião e Castro; Paulo Sérgio, Djalmir e Ukra.
Outros convocados: Bruno Veríssimo, Lionn, Éder Baiano, Pietravallo, Toy, Yazalde e Rabiola.

2009/10 - 19J - Académica - Olhanense: Convocados

O castigo de Sougou e a lesão de Pedro Costa obrigaram André Villas Boas a fazer duas trocas (juntando ainda mais um jogador à lista) em relação aos convocados do jogo da meia-final da Taça da Liga, no Dragão. Desta vez, o adversário é o Olhanense, este domingo, em Coimbra, no regresso à Liga, e, sem o senegalês nem o lateral-direito, o jovem técnico voltou a chamar André Fontes e Amessan, este último depois de algumas semanas de ausência.
A convocatória passou para 19 atletas, já que Paulo Sérgio conseguiu recuperar a tempo, mas face ao período de paragem, não deverá estar nas melhores condições para competir.
Por opção, mantêm-se de fora Barroca e Luiz Nunes, enquanto Bruno Amaro, Miguel Fidalgo e Éder continuam em recuperação. Bibishkov também não foi chamado já que ainda não regularizou a sua situação com o Steuau de Bucareste.

Lista de convocados:
Guarda-redes: Ricardo e Rui Nereu;
Defesas: Pedrinho, Berger, Amoreirinha, Orlando, Hélder Cabral e Emídio Rafael;
Médios: Nuno Coelho, Paulo Sérgio, Bru, Cris, André Santos, Tiero e Diogo Gomes;
Avançados: Amessan, Vouho, Lito e João Ribeiro.

13 de fevereiro de 2010

Villas Boas: o interesse leonino e a turbulência do aeroporto

André Villas Boas continua na órbita do Sporting. Depois do falhanço das negociações aquando da saída de Paulo Bento, o mais jovem treinador da Liga mantém-se como um nome forte para liderar o plantel leonino, agora para dar início à época 2010/11. O técnico da Académica não estranhou, por isso, as notícias vindas a público logo a seguir à vitória em Alvalade mas comentou-as com humor: «Encaro-as de forma natural, se calhar é por causa da turbulência junto ao Aeroporto de Lisboa. Claro que fico lisonjeado mas não têm qualquer fundamento neste momento. O meu contrato é com a Académica. Nem admito sair por vontade própria do clube.»
O treinador da Briosa falava à margem da conferência de imprensa sobre o jogo com o Olhanense, mais uma prova de fogo na luta pela manutenção. «É um jogo bastante importante, permite mais uma oportunidade de nos chegarmos ao grupo acima de nós. Ambicionámos isso e, claro, também nos dá a possibilidade de nos distanciarmos dos de baixo. São oportunidades que vão surgindo esta é uma delas», analisa.
André Villas Boas já fez os trabalhos de casa e espera um adversário complicado. «Será uma das partidas mais difíceis daquelas que temos com adversários directos. O Olhanense vem de quatro jogos sem perder, tem grande qualidade individual, encontrou finalmente uma motivação, mas também possui grande organização colectiva, que o Jorge conseguiu introduzir a partir do momento em que a equipa entrou numa dinâmica de vitórias», adverte o técnico, não negando ainda um carácter diferente ao jogo por questões pessoais: «Estes reencontros com pessoas que viveram a minha infância no futebol [no F.C. Porto] é sempre especial, tal como o reencontro com o Pedro Mendes.»
Dragão viu a melhor Académica
A Académica vai, finalmente, voltar ao ritmo normal de jogos depois de um mês de Janeiro/princípio de Fevereiro de grande azáfama competitiva. Mas, mais do que o desgaste físico, André Villas Boas quer evitar deslumbramentos no plantel: «Perante as exibições, tendo em conta grau de dificuldade das partidas, o mais importante é não permitir um relaxamento. Penso que não acontecerá porque temos alertado os jogadores, mas podem cair no erro de pensar que conseguem jogar sempre assim. Até podem conseguir se estiverem sempre concentrados e rigorosos.»
O aviso do treinador dos estudantes surge na sequência da meia-final da Taça da Liga, no Dragão, que considerou «o melhor jogo da época» da Académica. «Outro dos melhores foi com Beira Mar [Taça de Portugal] e, curiosamente, ambos levaram a eliminações. Se tivesse mais qualidade individual, ganhava no Dragão. Contudo, ficou a ideia de grande organização e qualidade de jogo. Esperamos manter este nível exibicional porque vai levar-nos às vitórias», assegura.
Para a partida de domingo, a Briosa não poderá contar com Bruno Amaro, Paulo Sérgio, Éder, Miguel Fidalgo e Pedro Costa, todos lesionados, nem com Sougou, devido a castigo. Bibishkov continua sem certificado enquanto não chegar a acordo com o Steaua de Bucareste.