A primeira vitória da Académica na Liga teve chancela do avançado Éder, o jovem luso-guineense com trejeitos de Adebayor que também se estreou nesse encontro frente ao V. Guimarães, mas no capítulo dos golos. Esta época, ao contrário da anterior, o ponta-de-lança lançado por Domingos Paciência não teve de esperar até à penúltima jornada da Liga para conseguir um remate certeiro.
Mas esse golo de Éder, o primeiro num escalão profissional, na vitória sobre a Naval (3-1), foi também o último e foi preciso esperar cinco meses e meio para vê-lo festejar de novo. E de que maneira. Quando viu que a bola estava dentro da baliza à guarda de Nilson, o camisola 21 da Académica correu para em direcção ao banco e começou a dançar, num estilo bem africano, que contou ainda com as ajudas de Sougou e Tiero. «Saiu no momento. Gosto de dançar», justifica, por entre risos, não especificando se os passos eram de Kizomba mas sublinhando tratar-se de um dos seus hobbies.
Do lance, reteve a assistência do colega e explicou que apenas teve de fazer aquilo que lhe competia. «Foi uma boa jogada, um bom centro do João Ribeiro. Estava no sítio certo e consegui empurrar a bola para dentro da baliza. Foi bom regresso, a equipa jogou bem e isso facilitou as coisas também para mim. Correu bem. Não foi fácil, mas entrámos bem, com atitude e muita vontade, e isso ajudou na nossa tarefa.»
Apesar da satisfação por ter aberto a contagem pessoal em matéria de golos, Éder destaca a importância que isso teve para a equipa. «Trabalho todos os dias para isto e estou, naturalmente, muito contente até porque conseguimos a vitória e isso é o mais importante», asseverou.
Com a primeira vitória em termos de Liga da era André Villas Boas, a Académica lançou os alicerces da recuperação e já está apenas a um ponto dos lugares a salvo da despromoção. «Estamos a melhorar significativamente e isso é muito importante. Estamos em último lugar mas queremos sair daqui o mais rapidamente possível», garante o jovem avançado.
Sem comentários:
Enviar um comentário