4 de novembro de 2009

Já se sente o dedo de André Villas-Boas

O triunfo com o Vitória de Guimarães, por duas bolas a zero, no encerramento da jornada 9 da Liga Sagres, serviu como uma espécie de confirmação. Não que os males da Briosa tenham acabado de vez, até porque em termos classificativos os estudantes ainda seguram a "lanterna vermelha", mas, pelo menos, já deu para perceber que a Académica está no bom caminho. O triunfo sobre o Portimonense para a Taça de Portugal e a boa exibição, no Estádio do Dragão - que não chegou para evitar o desaire por 3-2 -, já tinham dado indícios, mas o que se passou na última segunda-feira foi inequívoco.
O dedo do treinador André Villas-Boas é mais do que evidente e a exibição mais convicente da época - ao nível de algumas em 2008/2009 - é a prova evidente disso mesmo. Os academistas estão mais personalizados, confiantes e é notória a subida de rendimento de alguns dos titulares que já vêm da "era de Rogério Gonçalves" (Pedrinho e Sougou são alguns dos bons exemplos).
Ao certo não será assim tão fácil descortinar o que realmente André alterou na Briosa. Sejam ideias novas, métodos de trabalho diferentes ou outros pormenores, a verdade é que a Académica respira melhor. E se em termos de sistema táctico nada mudou (o 4x3x3 continua a ser o esquema eleito), também ao nível das individualidades pouco alterou, até porque ao longo das sete jornadas, Rogério Gonçalves foi mexendo constantemente no onze inicial.
De qualquer modo, há três futebolistas que passaram a primeiras escolhas de Villas-Boas e que não pareciam entrar nos planos do antecessor. Desde logo, na baliza, em que depois de Ricardo ter sido titularíssimo durante sete encontros, Rui Nereu agarrou o lugar com "unhas e dentes", enquanto no eixo da retaguarda, o austríaco Berger também tem dado conta do recado ao lado de Orlando, suplantando Amoreirinha e aproveitando a ausência de Luiz Nunes. Titular no desaire em Olhão, à passagem da 4ª jornada, também João Ribeiro foi "recuperado" e a qualidade que apresentou nos dois últimos desafios deixou "água na boca" aos adeptos.

Quatro novos alunos na equipa


Rui Nereu, na baliza, Berger, no eixo da defesa, João Ribeiro, a ala esquerda, e Éder, a ponta-de-lança, são as novidades apresentadas pelo treinador André Villas-Boas comparativamente com as unidades eleitas por Rogério Gonçalves. Mesmo apostando em esquema táctico idêntico, os (bons) resultados têm vindo ao de cima. Para já, a equipa é como a Fénix...

Sem comentários:

Enviar um comentário