28 de dezembro de 2009

Mercado de inverno, quem fica e quem sai?

Não é, de certeza absoluta, uma situação inédita no futebol, mas não deixa de ter o seu lado curioso. O defesa-central Markus Berger cumpre, nesta altura, o terceiro e último ano de contrato que o liga à Académica, mas só agora se pode sentir, verdadeiramente, um titular.
Se na primeira época de camisola negra vestida, mais concretamente nas últimas jornadas, Domingos Paciência lhe entregou o lugar de lateral-direito, face à sua característica de polivalente, mo ano passado, com o mesmo treinador, não teve tanta sorte. Chegou mesmo a entrar em "rota de colisão" com o actual timoneiro do Braga, tendo mesmo criticado publicamente, em duas ocasiões, as opções de Domingos, que sempre reconheceu o grande profissionalismo do pupilo. Farto de ficar de fora, o austríaco - que há cerca de um ano chegou a prestar provas nos escoceses do Hibernian - ponderou a possibilidade de abandonar o emblema da cidade do Mondego e o nome dele até chegou a ser um dos possíveis dispensados, mas acabou por permanecer no plantel liderado por Rogério Gonçalves, em 2009/2010.
E as coisas também não resultaram com o novo "mister", não tendo sequer jogado um minuto nas primeiras sete jornadas da Liga Sagres. Mas o cenário alterou-se de forma radical com a entrada de André Villas-Boas, treinador que substituiu Rogério Gonçalves. O central não só entrou nas convocatórias, como passou a titular indiscutível, suplantando Amoreirinha e o lesionado Luiz Nunes, para fazer dupla com Orlando no eixo da retaguarda. E a confiança de André Villas-Boas é tal que o camisola 5 é o único que, desde a chegada do técnico, jogou em todos os minutos das três competições (Liga Sagres, Taça de Portugal Millennium e Carlsberg Cup) num total de 900 minutos repartidos por 10 encontros.
Com tudo isto resta saber se o defesa-central irá continuar em Coimbra após o epílogo da presente temporada. É que Berger é um dos nove jogadores do plantel estudantil que estão em final de contrato.

_____________________
Nove que estão (quase) livres
para decidir o seu futuro
O mercado de Inverno está aí à porta, mas além de reforços e dispensas a Académica também tem de preocupar-se com… as renovações
Falta uma semana para reabrir o mercado de transferências, neste caso o de Inverno, que terá a duração de cerca de um mês, no qual os clubes poderão fazer os reajustes que bem entenderem, de modo a atacarem de forma mais determinada a recta final das respectivas competições.
A Académica não foge à regra e, por certo, que André Villas-
-Boas não se importaria de receber algumas “caras novas”, mas, ao mesmo tempo, emagrecer o plantel, até porque o próprio já assumiu que 25 elementos seria o número ideal para o grupo de trabalho, embora tudo isto dependa da disponibilidade financeira do emblema da cidade do Mondego.
Mas se dotar a equipa de melhores jogadores é importante, a direcção academista não pode esquecer-se de outro dado importante: renovações. É que se quiser manter em 2010/2011 alguns dos jogadores do actual plantel, então a Briosa terá de meter “mãos à obra”, uma vez que são nove aqueles que terminam contrato em Junho do novo ano. Ainda por cima, a partir do próximo mês, os atletas em questão têm total liberdade para decidir em que clube irão jogar na próxima época, já que poderão fazê-lo livremente seis meses antes do epílogo do vínculo, sem que o emblema que defendem (neste caso a Briosa) seja ressarcido de qualquer montante.
É indiscutível que dos nove jogadores nessa situação, pelo menos três - Paulo Sérgio, Jonathan Bru e Diogo Gomes somam juntos pouco mais de 500 minutos de utilização - não têm feito parte das primeiras escolhas e, por isso, caso o cenário não mude de figura, até poderão vir a não ser contemplados com a proposta de renovação. No entanto, os restantes seis são habituais titulares, exceptuando Luiz Nunes. Porém, o central brasileiro esteve algum tempo afastado da competição (a contas com uma lombalgia) e espera agora a oportunidade para voltar à equipa, depois de, em 2008/2009, ter sido absolutamente decisivo na equipa estudantil.

“Problema” começa
logo na baliza

O “problema” das renovações começa logo na baliza, com Rui Nereu. Número 1 entre os postes desde a chegada de André Villas-Boas, o guardião cumpre a terceira e derradeira temporada do contrato que assinou em 2007, mas só agora tem tido a hipótese de jogar com regularidade. Na defesa, para além de Luiz Nunes, também o capitão Orlando pode mudar de ares se assim o entender, ele que assume um papel muito importante no grupo. Curiosa é a situação de Markus Berger. Era dado como dispensado no final da época transacta, Rogério Gonçalves também não lhe deu grandes hipóteses em 2009/ /2010, mas, desde a 8.a jornada, que tudo mudou. O antigo adjunto de José Mourinho deu-lhe oportunidade e o austríaco tornou-se… indispensável. Também é um dos que termina contrato.
Caras frequentes no “onze” são, igualmente, Cris e Tiero. Dois jogadores que Villas-Boas não tem dispensado, mas que estão, igualmente, em situação desfavorável para a Académica, já que poderão não continuar ao serviço do  clube. Dois casos que a Briosa também irá querer resolver, o quanto antes.
_____________________
Villas-Boas será obrigado a emagrecer o plantel a partir de janeiro devido ao número excedentário de opções para alguns sectores. Mas mesmo com as decisões finais ainda por tomar, já é possível traçar uma pré-lista de nomes a colocar noutros clubes.
Os avançados Vouho e Licá ocupam esse lote de possibilidades, mas também Diogo Gomes, André Fontes, Bischoff e Bru, todos pouco utilizados esta época.

Sem comentários:

Enviar um comentário