19 de abril de 2010

2009/10 - 27J - Académica 2-3 Benfica: Crónica




A Académica perdeu hoje em casa com o Benfica por 3-2 numa partida onde a turma de André Villas Boas exibiu-se de forma muito positiva, que contudo não foi suficiente para conquistar qualquer ponto aos encarnados.

Perante um Estádio Finibanco Cidade de Coimbra muito bem composto, o apoio à Briosa não faltou e durante os 90 minutos os adeptos dos "estudantes" iam empurrando a equipa para a vitória, que infelizmente acabou por não acontecer.

Isto porque o Benfica contou com um inspirado Weldon, que das duas únicas vezes em que apareceu no jogo, fez dois golos. O primeiro deles apareceu logo aos dois minutos e o segundo perto do final da primeira parte, dando vantagem aos encarnados num encontro que estava a ser bastante equilibrado.

Pelo meio, o brasileiro Diogo Gomes ainda empatou o marcador, com um portentoso remate fora da área, que na altura colocou justiça no resultado.

Na segunda metade, a Académica entrou decidida a dar a volta aos acontecimentos e chegou a mandar no encontro durante largos minutos. Sougou e Éderzito tiveram a possibilidade de fazer o golo do empate mas viria a ser novamente o Benfica a marcar.




Dois minutos depois de o árbitro do encontro, Carlos Xistra, ter feito vista grossa a uma falta de Sidnei sobre Éderzito dentro da grande área do Benfica, seria Ruben Amorim, a dez minutos do fim, a fazer o 3-1, num lance onde Diogo Gomes sofre uma falta à entrada da área que, mais uma vez, o juiz da partida deixou passar em claro.

André Villas Boas colocou então Miguel Fidalgo em campo e a Briosa partiu para cima do seu adversário, na tentativa de voltar a entrar nas contas do jogo. Aos 88 minutos, Tiero disparou um míssil fora da área que só parou dentro da baliza do desamparado Quim, e a esperança voltava a invadir as bancadas do Cidade de Coimbra.

Contudo, até final, o marcador não iria sofrer mais alterações e a Académica terá então, na próxima jornada, um jogo que pode ser decisivo para as contas finais do campeonato, quando se deslocar até Matosinhos para defrontar o Leixões.
____________________

Cheirou a título em Coimbra. O Benfica continua a responder às vitórias do Sp. Braga na mesma moeda e, agora, basta-lhe somar mais três pontos no próximo sábado, frente ao Olhanense, e esperar por uma escorregadela dos minhotos na Figueira. Se assim acontecer, o título ficará entregue, se não for assim, fica tudo novamente adiado, para o Dragão. Em mais um jogo em casa, tal a impressionante moldura de apaniguados do clube da águia nas bancadas, a equipa de Jorge Jesus somou a oitava vitória consecutiva, colocando os estudantes ainda a suspirar pela manutenção, com cinco pontos de vantagem para o Leixões e uma escaldante deslocação precisamente a Matosinhos na próxima ronda. E vão sete jogos sem vencer.
A entrada do Benfica não podia ter sido mais poderosa, empurrando a Académica para a sua defesa e não a deixando praticamente sair da área - pelo meio houve dois cantos - até ao golo de Weldon, com muitas culpas para a defesa da casa, saliente-se. Os estudantes acusaram sobremaneira os primeiros momentos da partida e bastou aos da Luz encostar o adversário às cordas para conseguir frutos praticamente de imediato.

Marcar e adormecer
O início fulgurante não teve, todavia, sequência. A Briosa teve, assim, tempo para se endireitar e espraiar o seu futebol pelas laterais, com destaque para a velocidade de Sougou. Depois de uma ameaça de Luiz Nunes, num cabeceamento que proporcionou grande defesa a Quim, e de mais uma perdida do senegalês, chegou ao empate. O remate de Diogo Gomes, que domina a bola entre o peito e ombro, sofre um desvio e trai Quim. Voltava tudo ao início.
Nuno Coelho teve a reviravolta na ponta do pé direito mas a bola subiu demasiado, num curto período de desorientação dos comandos de Jorge Jesus, que voltaram a assentar jogo para acelerar rumo à baliza de Nereu. Weldon não conseguiu o bis à primeira, mas à segunda, num lance de insistência fez melhor do que Cardozo e recolocou os encarnados em vantagem, pouco antes do apito para o intervalo.
O técnico benfiquista procurou gerir o resultado e a equipa na segunda parte, vendo a equipa da casa crescer. O melhor termo é mesmo esse quando a defesa da Luz viu Éder subir mais alto do que todos e cabecear a rasar o poste esquerdo da baliza de Quim. Na resposta, Di Maria, isolado, podia ter acabado com a ansiedade das bancadas mas rematou fraco. E o que dizer da bomba de Carlos Martins, de fora da área, que esbarrou no poste com Nereu completamente batido?

Jogo até ao fim
O Benfica justificava o terceiro, o golo tardou mas não falhou. Novamente Di Maria a desequilibrar pela esquerda e Rúben Amorim só teve de fazer o mais fácil. Estava consumado o terceiro dos encarnados e, com ele, aparentemente, o sossego final.
Tiero ainda reduziu, em cima do apito final, numa desconcentração da equipa que não soube posicionar-se num livre directo, deixando tudo em aberto para o final e o sofrimento apoderou-se dos corações encarnados ¿ até ao último suspiro! No final, a volta dos jogadores pelo relvado, para agradecer o fortíssimo apoio dos adeptos pareceu como que um prelúdio para a grande festa que está para chegar.
A equipa de Jesus chegou assim aos 70 golos esta época na Liga e, simultaneamente, aos 70 pontos na tabela classificativa. Com esta vitória, o F.C. Porto viu, definitivamente, confirmado pela frieza da matemática que já não conseguirá chegar ao pentacampeonato, mesmo antes de entrar em campo para defrontar o V. Guimarães.

Sem comentários:

Enviar um comentário