Académica - Nacional (antevisão): ser «vice» em relva a estrear

Depois da tempestade chegou, como sempre, a bonança. O tempo melhorou na Madeira e, à segunda tentativa, a equipa do Nacional pôde, finalmente, embarcar em direcção ao continente, para enfrentar a Académica, este sábado, em Coimbra.

Qualquer que seja o resultado do encontro, uma das duas equipas irá assumir, à condição, a vice-liderança da Liga no final da contenda. As contas são simples: em caso de vitória, os estudantes (11 pontos) isolam-se no segundo lugar, ultrapassando Benfica, Olhanense e V.Guimarães, todos com 12 pontos, mas, se empatarem, assumem a mesma posição, embora neste caso por via do desempate pelo maior número de golos marcados. Dá jeito ter o segundo melhor ataque da prova, não dá?

Já aos insulares, só podem almejar ser «vices» se vencerem a partida. Algo que aconteceu apenas por duas vezes, em 15 ocasiões, a últimas das quais em 2006, por 3-1. Curiosamente, a derradeira vitória estudantil em casa sobre este adversário data do ano seguinte (1-0).

Em suma, o equilíbrio tem sido a tónica dominante com três empates nos últimos anos. A folha de serviço dos comandados de Jokanovic fora de portas esta temporada é, de resto, bem interessante: além do empate com o Sporting, registam uma vitória em Vila do Conde e apenas uma derrota, em Leiria.

Esperam-se golos

A Académica procura voltar aos bons resultados, depois de ter perdido em Leiria na última jornada e de ter enfrentado dificuldades inesperadas na Taça da Liga e Taça de Portugal. Já os insulares, vêm de um empate em Alvalade e de um triunfo caseiro diante do Portimonense, isto antes de terem cumprido na Taça de Portugal, diante do Padroense, embora ouvindo os protestos dos adeptos pela exibição mais descolorida.

O que deve ser melhorado é a «performance» defensiva, já que os alvi-negros detêm uma das defesas mais batidas do Campeonato (só não sofreram golos num jogo) e preparam-se, nem de propósito, para defrontar uma equipa das mais concretizadoras, ao ponto de ainda não ter ficado em branco em qualquer jogo oficial esta época. Espera-se, por conseguinte, uma partida com golos e, dado também a reter, num relvado novo, colocado após o concerto dos U2, e que receberá a primeira partida.

Jorge Costa anti-sustos

Ambos os técnicos optaram por manter as respectivas convocatórias apesar de terem ganho mais um dia de preparação. Jorge Costa regressa à formula do campeonato, que já esteve próxima no último jogo. Faltavam Orlando, Nuno Coelho e Sougou, todos lesionados na altura, mas agora de regresso aos convocados. O técnico dos estudantes quer evitar os «sustos» sofridos nas Taças, pelo que não irá abrir mão dos atletas mais credenciados.

Elison, Claudemir, Tomasevic, Stojanovic, Skolnik e Luís Alberto, jogadores que não fizeram parte do leque de opções no jogo da Taça de Portugal, estão de volta do lado dos madeirenses. No sentido inverso, «Joka» não conta com o lesionado Patacas, nem com Vladan, Alex Bruno, Nuno Pinto, Ricardo Fernandes e Anselmo, estes cinco últimos por opção.

Equipas prováveis:

ACADÉMICA: Peiser; Pedro Costa, Berger, Orlando e Hélder Cabral; Nuno Coelho; Diogo Melo e Hugo Morais; Sougou, Miguel Fidalgo e Diogo Valente.
Outros convocados: Ricardo, Amoreirinha, Bischoff, Pape Sow, Diogo Gomes, Paraíba, Laionel e Éder.

NACIONAL: Bracalli; Claudemir, Filipe Lopes, Danielson e Stojanovic; Luiz Alberto; Bruno Amaro e Skolnik; Edgar Costa, Orlando Sá e Mateus.
Outros convocados: Elisson, Tomasevic, Rene Mihelic, Ivan Todorovic, João Aurélio, Juninho e Pecnik.