21 de novembro de 2010

Jorge Costa gostava de ficar isento até à final

A Académica persegue uma presença na final da Taça de Portugal desde os anos 60, quando esteve na última. O troféu, de resto, já veio para Coimbra em 1939, e é com orgulho da sua história que o clube, ano após ano, tenta chegar o mais longe possível na prova.
Para Jorge Costa, que já viveu as emoções do Jamor enquanto jogador, pensar em chegar ao último jogo com a Briosa está longe de ser algo irrealista mas é preciso ter em conta diversos factores, entre eles, um muito importante: a sorte.

«Os sonhos nunca são utópicos. Sonhar faz bem ao ego. Mas o sonho é uma coisa, a realidade é outra. A Taça de Portugal é por eliminatórias e, nesta, há várias equipas da Liga em confronto. Em situação normal, muitas ficarão de fora. Ora, o nosso objectivo é passar o Beira Mar, o que não é fácil, sabendo que, em seguida, podem surgir boas oportunidades. Quem eu quero a depois? Se pudesse ficar isento até à final...», atira, entre sorrisos, o treinador da Académica, distinguindo claramente esta prova da Taça da Liga, da qual a equipa foi eliminada pelo Arouca.
Os jogos com o Beira Mar não têm sido favoráveis aos estudantes, que foram desviados do Jamor no ano passado pelos aveirenses e, já esta época, somaram a primeira derrota oficial diante dos «vizinhos». Desforra, no entanto, é algo em que Jorge Costa evita falar: «Sei que há uma história que não é favorável nos confrontos com eles e, este ano, já perdemos num particular e para o campeonato, mas esta é uma competição diferente, os jogos não se repetem. Sabemos porque perdermos lá, o importante é não voltar a cometer erros e fazer um jogo sério.»

Em Aveiro, o técnico da Briosa terá de fazer alterações, por força das lesões de Berger e Miguel Fidalgo, com o qual não conta para esta partida. Também Pedro Costa, devido a uma contractura sofrida na quinta-feira deverá falhar o jogo, tal como Laionel, Pape Sow, Diogo Gomes e Amessan. «Hoje tive 17 atletas de campo disponíveis e até domingo dificilmente conseguirei recuperar mais algum», lamentou.
Com o mercado de Inverno a aproximar-se, Jorge Costa revelou não pretender reforços caso não se verifique alguma saída: «Não é responsabilidade minha renovar contratos mas já dei a minha opinião sobre o assunto. A prioridade é renovar com aqueles que pensamos poderem ser úteis. Se isso for feito, e estamos trabalhar nesse sentido, não preciso de ninguém. Contudo, a Académica está sempre atenta ao mercado, por isso não vou cair no ridículo de dizer que desta água não beberei. Mas se vierem jogadores, terão de ser mais-valias. Gosto muito dos que tenho e gostava de poder contar com eles por muito tempo.»

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