25 de janeiro de 2011

José Eduardo Simões: «Negou acordo com Nuno Coelho»

PRESIDENTE FALOU COM LUÍS FILIPE VIEIRA



Na assembleia-geral da Briosa, esta segunda-feira, o presidente José Eduardo Simões comentou de forma surpreendente as notícias constantes que dão o médio Nuno Coelho como certo no plantel do Benfica para a próxima época. “Os empresários, os comissionistas e a comunicação social ampliam os efeitos sem qualquer fundamento com os jogadores em final de contrato e isso mexe com a cabeça dos jogadores. Tive a palavra de honra do presidente do Benfica, quando vieram jogar a Coimbra, que não há qualquer acordo com Nuno Coelho”, observou Simões, num longo discurso que serviu também para fazer o balanço do mandato da atual direção, que termina dentro de quatro meses.
Numa AG marcada pela ausência do presidente da Mesa, Paulo Mota Pinto, “por motivos de força maior”, Simões revelou ainda que o ex-atleta do clube em 2002, Binho, quer uma indemnização de 50 mil euros, “injustificadamente”. “Somos obrigados a pagar um atleta que nunca adquirimos e que tivémos por empréstimo em 2002. São problemas engraçados, mas só para quem não paga”, comentou.
Pelo meio, o presidente dos estudantes lamentou a falta de apoio da Câmara Municipal de Coimbra e deixou exemplos. “Em 2009/2010, investimos quase 300 mil euros no estádio e deveria ter sido a Câmara a investi-los e não o fez. Cair na 2.ª divisão pode ter consequências fatais, pois a Académica não tem o suporte empresarial de outros clubes e, ainda por cima, temos uma câmara que tem estado sempre de costas voltadas para nós. A Câmara de Braga só para a formação do Sp. Braga, dá 400 mil euros, enquanto a de Coimbra dá-nos 7 mil euros”, acrescentou.
“Sentença não interfere no próximo acto eleitoral”
Entre 15 de Maio e 15 de Junho deste ano, haverá eleições na Briosa. Na AG desta segunda-feira, uma semana antes da leitura da sentença do presidente José Eduardo Simões no Tribunal de Coimbra, o dirigente deixou um alerta. “Enganem-se aqueles que pensam que a sentença que se aproxima irá interferir na minha decisão de me voltar ou não a candidatar”, afirmou, dando a entender que o seu afastamento da direção ainda não é um dado totalmente adquirido.
Noutro plano, na apresentação das contas referentes à última época (aprovadas por unanimidade), verificou-se uma diminuição do passivo geral em cerca de 10% (de 11,2 para 10,1 milhões). “Continuamos no caminho certo para a tão desejada estabilidade da instituição”, podia ler-se no relatório e contas disponibilizado pela direção.
Ficou também a saber-se que a gestão do Estádio Cidade de Coimbra, cedido pela Câmara à Académica, tem sido dificultada pelo “incumprimento de espaços e camarotes”.
Por outro lado, a atual direção mantém a intenção de levar a cabo a aquisição de um terreno adjacente à Academia Dolce Vita e que culminará com a construção de um estádio com capacidade de 9 a 10 mil espetadores, um sonho antigo do presidente José Eduardo Simões.

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