16 de outubro de 2011

2011/12 - Taça de Portugal - Académica 1 - Oriental 0: Ufa, aguenta coração!







Nº espectadores: +/- 1212
Árbitro: André Gralha (4)
Melhor da Académica: Ricardo
Melhor do Oriental: Mota



..........:::: Crónica::::.........
MF: Não foi nada fácil a tarefa da Académica perante uma equipa que está a fazer um bom campeonato na... II divisão. Com um pouco mais de sorte, os lisboetas poderiam ter chegado ao prolongamento. A apatia coimbrã podia ter causado dissabores, pela boa segunda parte da equipa de Filipe Moreira.

A Académica entrou com vontade de decidir rapidamente a contenda e criou duas oportunidades logo nos dois minutos iniciais. Primeiro foi Rui Miguel a fugir aos centrais lisboetas e a rematar cruzado, fazendo a bola passar muito perto do poste esquerdo do guarda-redes Mota.

Um minuto depois, Diogo Valente surge isolado perante Mota. O extremo deixou-se deslumbrar com tantas facilidades e permitiu a defesa do guarda-redes, e, de seguida, apesar de ter conseguido fazer-lhe o chapéu, Calado tirou a bola sobre o risco fatal!

Os lisboetas foram reagindo, primeiro através de dois livres frontais que não levaram perigo à baliza de Ricardo; depois com um bom lance de Hugo Rosa a descobrir Vítor Afonso na área mas este cabeceia por cima.

Logo a seguir, Samarra entrou pela direita e obrigou Ricardo a fazer uma boa defesa. Este era o melhor período dos orientalistas, que obrigavam a Briosa a defender e criavam perigo. Contudo, a equipa de Marvila acabaria por sofrer o golo quando parecia estar por cima.

O lance foi muito confuso. Após cruzamento de Diogo Valente, Abdoulaye cabeceia ao poste, Rui Miguel e Danilo, que pareciam ter tudo para marcar, atrapalharam-se, mas conseguem colocar a bola no coração da pequena área, onde Berger cabeceia para o golo.

O austríaco lesionou-se na jogada e foi ao banco para lhe ligarem a cabeça. Em vantagem, os academistas acalmaram e passaram a controlar melhor a partida. Até ao intervalo ainda criaram perigo com dois remates de meia distância de Adrien.

Sai Berger, surge a intranquilidade...

Ao intervalo, Pedro Emanuel tirou Berger, presume-se por precaução, entrando Diogo Melo. Flávio passou para central. Com a saída do capitão, a defesa da casa tremeu e muito. A pressão de Vítor Afonso colocou problemas a toda a defensiva. E também as entradas de Kifuta e Pedro Andrade, ambos muito velozes, serviram para manter a Académica sempre em sentido.

O Oriental afoitou-se no ataque, aproveitando a apatia dos estudantes que só em lances de bola parada ou em contra-ataque criaram perigo. A melhor oportunidade dos homens de Pedro Emanuel na segunda parte apareceu nos descontos, aquando do tudo por tudo dos lisboetas.

Livre lateral perto da área da Académica, o guarda-redes do Oriental subiu à área para tentar o golo, mas a defesa da casa consegue aliviar. Marinho conduz então o contra-ataque pelo centro, coloca a bola em Diogo Valente à esquerda, que remata do meio campo, ficando muito perto do golo, perante a baliza deserta!

O jogo acabou como tinha começado: com perigo para a baliza da equipa de Marvila. Porém, esse não é, de todo, o espelho do jogo. Os lisboetas lutaram até ao final, e chegaram a ser superiores ao 7º classificado do principal escalão do futebol português.Quem diria?



O Jogo: Quando aos 22 segundos Rui Miguel apareceu isolado e não conseguiu bater Mota, talvez os estudantes tenham ficado com a ideia de que a tarde ia ser de grande facilidade. Nada mais errado.


Sobretudo por culpa própria, os academistas sofreram mais do que, por certo, estariam à espera. Falharam golos feitos e tiveram muita cerimónia na hora da finalização. Uma passividade que também existiu na retaguarda, com passes falhados e posicionamentos deficitários em momentos de transição defensiva. Valeu à Académica a coragem e persistência de Berger, à meia hora, que depois do golo marcado, teve de ser assistido na cabeça e acabou mesmo substituído ao intervalo. É também justo realçar a atitude do Oriental. É certo que houve muito demérito local, mas a crença demonstrada levou os ruidosos adeptos a acreditar numa surpresa. Oportunidades para marcar não faltaram.

..........::::Opiniões::::.........


Pedro Emanuel: No final do jogo com o Oriental, o treinador Pedro Emanuel mostrou-se satisfeito pela sua equipa ter cumprido o objectivo a que se tinha proposto. Lamentando as inúmeras ocasiões de golo falhadas, o técnico da Briosa realçou a importância de passar a eliminatória.


"Foi um resultado conseguido, e o objectivo está cumprido. Respeitámos o adversário, o jogo ficou um pouco aquém do que esperávamos, mas acima de tudo faltaram golos. O Oriental podia ter marcado, e nós também poderíamos ter marcado mais, o que seria bom para o espectáculo.", começou por dizer.


O timoneiro da Académica recordou que hoje em dia já não há jogos fáceis e elogiou a postura com que o Oriental se apresentou em Coimbra.


"Não há jogos fáceis, muito menos com equipas de escalões diferentes, neste caso da II Divisão. O nosso adversário de hoje foi uma equipa bem organizada, que sabe o que faz e que veio aqui acalentando a esperança de poder surpreender-nos.", terminou.





..........:::: Outros::::.........

Não há memória de nenhum jogador da Académica que se tenha estreado a titular com a camisola da Briosa e que tenha sido capitão no mesmo jogo. Aconteceu este domingo com Flávio, que levou o "canelão" antes do apito inicial e envergou a braçadeira na segunda parte do encontro frente ao Oriental. Tudo isto aos 19 anos de idade!


..........::::Homem do jogo - Record::::.........


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