nº espectadores: 524
Árbitro: Paulo Baptista ()
Melhor do Penafiel: Vitor Golas
Melhor da Briosa:
O Penafiel volta a dar cartas na Taça da Liga. Neste domingo, a equipa duriense foi a Coimbra carimbar o passaporte para a fase de grupos da competição.
A Académica foi surpreendida e perdeu por um golo sem resposta (0-1), apostando por Manoel. Pedro Emanuel ouviu o desagrado dos adeptos locais. A formação estudantil fica pelo caminho.
O apuramento do Penafiel só pode ser encarado como surpresa para quem não viu o jogo de ontem ou mesmo a eliminatória. O facto de a turma duriense militar numa divisão inferior não a inibiu de ser superior ao longo dos 180 minutos, carimbando com um triunfo, em Coimbra, a passagem à terceira fase da competição. É lógico que para este desfecho houve muito demérito dos estudantes que estão longe do fulgor evidenciado noutros tempos e que só na recta final fizeram pela vida. Mas, nessa altura, já o Penafiel estava justamente na frente do marcador e respirava confiança. É um facto que os homens de Francisco Chaló tiveram menos tempo a bola em seu poder, mas souberam ocupar bem os espaços, com as linhas muito juntas e foram muito fortes nas transições ofensivas, com destaque para o papel assumido pelo talentoso Rúben Ribeiro.
Ao intervalo, o 0-0 já era injusto para os visitantes que tiveram três ocasiões para facturar, mas foi o ponta-de-lança Manoel (que belo jogador!) que após o lançamento de Pedrinha bateu Ricardo, logo a abrir o segundo tempo. Um golpe que mexeu com a Briosa, que até melhorou com as entradas de Danilo e de Diogo Valente, mas a eficácia defensiva do opositor e a falta de frieza na finalização, confirmaram o destino dos capas negras, que voltaram a desperdiçar a oportunidade de marcar presença na final a disputar em Coimbra.
O maior pecado de Paulo Baptista foi não ter expulsado Aldair, não lhe exibindo o segundo amarelo depois deste ter acertado no rosto de Marinho.
Pedro Emanuel lamenta «pouco ritmo e intensidade»
Pedro Emanuel atribui a derrota (0-1) com o Penafiel e consequente afastamento da Taça da Liga ao «pouco ritmo e intensidade» da Académica. Treinador quer recuperar uma equipa «animicamente abatida» para o jogo com o FC Porto.
«Sabíamos perfeitamente a forma como o Penafiel se iria apresentar, deu-nos inicialmente a predominância do jogo e apostou nas transições ofensivas. A nossa equipa foi perdendo confiança com um ou outro deslize e passe errado. Com um golo no primeiro minuto da segunda parte, o Penafiel ainda mais atrás defendeu. Nós demonstrámos pouco ritmo e intensidade e também uma previsibilidade bastante grande», analisou Pedro Emanuel, na zona de entrevistas rápidas no final do encontro.
«Acreditámos que era possível e protagonizámos um maior assédio na parte final», acrescentou, admitindo «calafrios» causados pelo contra-ataque do adversário.
E poderá a eliminação da Taça da Liga aumentar a pressão na Taça de Portugal, prova em que os estudantes recebem o FC Porto na 4.ª eliminatória?
«A aposta nas Taças não é de agora, é de sempre. Ou tínhamos capacidade ou não tínhamos. Hoje [domingo] demonstrámos não ter. Os jogadores estão animicamente abatidos, pois queriam ir mais além», indicou, atirando: «Vamos recuperar, analisar o adversário e procurar ultrapassar a próxima eliminatória».
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