16 de maio de 2012

Académica prometeu muito, mas só se salvou na última ronda

A Académica de Coimbra cumpriu os objetivos estabelecidos, ao garantir a permanência na Liga de futebol, o que aconteceu apenas na última jornada, depois de um início de campeonato bastante promissor.

Com quatro vitórias nas primeiras seis jornadas, a equipa orientada por Pedro Emanuel, que se estreou como técnico principal, fechou a primeira volta na sétima posição, com 19 pontos, mas, na segunda metade da prova, desceu ao ''inferno'' e a dois jogos do fim estava em zona de despromoção.

Após 16 jogos sem ganhar, valeram aos ''estudantes'' as vitórias nas últimas duas partidas, em casa frente ao Vitória Setúbal (1-0) e em Guimarães (2-1), que lhe permitiram terminar no 13.º lugar, deixando para trás o Rio Ave e os despromovidos Feirense e União de Leiria.

O mercado de janeiro provocou várias mexidas no plantel da ''Briosa'', que se refletiram no rendimento da equipa, nomeadamente as saídas do central austríaco Berger e do extremo Sissoko, além, claro, da ausência do avançado Éder, melhor marcador da equipa, alvo de processo disciplinar na sequência do negócio abortado com os ingleses do West Ham.

A Académica reforçou-se com as entradas do avançado Edinho, cedido pelos espanhóis do Málaga, que acabou por ser uma peça fundamental na reta final do campeonato, e David Simão, emprestado pelo Benfica, mas que nunca se conseguiu assumir como titular da equipa de Pedro Emanuel.

As lesões do “capitão” Orlando e do também central João Real, que regressou nas duas últimas partidas, e os vários jogos do senegalês Abdoulaye, que viu o cartão vermelho por quatro vezes durante a época, acabaram também por ser uma dor de cabeça para o treinador da Académica, que, em várias partidas, se viu obrigado a improvisar uma dupla para o eixo da defesa.

A lesão do influente e polivalente Habib no último terço da prova, ele que era um dos jogadores mais utilizados, acabou também por condicionar as opções do técnico academista e retirar ''agressividade'' à equipa.

Apesar da época irregular, a Académica alcançou o feito histórico de, 43 anos depois, voltar à final da Taça, tendo deixado pelo caminho o FC Porto, detentor do troféu e bicampeão nacional (3-0, em Coimbra).

Ao afastar a Oliveirense, da Liga de Honra, na meia-final, a formação de Coimbra vai voltar a 20 de maio ao Jamor, onde não marcava presença desde a célebre final de 1968/69, perdida para o Benfica e Eusébio, que resolveu no prolongamento (2-1).

A época ameaçou descida, mas, quatro décadas depois, pode acabar nas taças europeias.

Sem comentários:

Enviar um comentário