7 de maio de 2012

Golo cala a tristeza

Foi um peso que saiu de cima dos ombros, e em dose dupla. O golo solitário frente ao Vitória de Setúbal permitiu a Edinho fazer as pazes com as balizas adversárias, mas, sobretudo, serviu para ajudar a Académica a reencontrar o caminho das vitórias, às quais perdera o sabor desde 12 de dezembro de 2011, pondo fim a uma série frustrante e perigosa de 16 partidas sem ganhar. Este resultado ajudou, ainda, a tirar a Briosa da zona de despromoção, permitindo encarar a derradeira jornada com cálculos menos aflitivos: a precisar apenas de um empate em Guimarães, sendo que, caso o Feirense não consiga ganhar em Barcelos, nem disso necessitará para garantir a permanência. Tudo mudou graças a Edinho, o ponta-de-lança que, nos últimos tempos, andava triste com o défice de finalização, conforme confidenciaram amigos do jogador a O JOGO. Os três desafios anteriores (Beira-Mar, Olhanense e Sporting) deixaram-no revoltado: teve oportunidades para marcar e ajudar a Briosa; no entanto, só frente ao antigo emblema quebrou o enguiço. Curiosamente, só ao quarto golo pela Académica, o avançado, que se mudou para a cidade do Mondego no final de janeiro, deu os três pontos à equipa. Foi, também, o primeiro que celebrou no Estádio Cidade de Coimbra - os outros três concretizou-os frente a Nacional, Feirense e FC Porto.

O golo frente ao V. Setúbal foi o terceiro que marcou de cabeça. A execução foi de tal forma bonita que o lance teve eco além-fronteiras, sobretudo em Málaga, com quem tem contrato até 2013. Os amigos Eliseu e Duda, futebolistas do Málaga, não se esqueceram de o felicitar, por sms. "Bom golo, amigo. Fiquei satisfeito por teres voltado a marcar", escreveu Eliseu. Duda também aproveitou para felicitar o avançado. "É isso mesmo, Edinho. Sempre a faturar".

Curiosamente, no mesmo dia também Eliseu marcara um belo golo ao Atlético de Madrid, embora insuficiente para evitar a derrota (2-1). Dias antes do jogo decisivo com os sadinos, através do Facebook, Bruno Alves e Raul Meireles, companheiros na Seleção, já lhe haviam desejado felicidades.

O internacional português, emprestado até final da época, ajudou ainda a quebrar uma verdadeira maldição para os capas negras: desde 18 de dezembro - 1-1 com o Sporting - que a Académica não marcava em casa. O último havido sido, precisamente, Éder, o avançado que Edinho substituiu.

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