24 de maio de 2012

Ricardo: «Adrien tem tudo para triunfar no Sporting»

Guarda-redes da Académica fala na honra de ter partilhado o balneário com um profissional assim
Se estivéssemos a falar de vindimas, este seria o momento do lavar dos cestos. A época acabou, ficam para trás as memórias, que no caso da Académica bem poderão significar a melhor campanha dos últimos (longos) anos. O grupo que reconquistou a Taça de Portugal, 73 anos depois, vai agora, naturalmente, sofrer alterações.

Entre vários, um dos elementos que deixará a Briosa para voltar ao clube a que pertence é Adrien. Apanhado no olho do furacão da ira de Sá Pinto no lançamento da final do Jamor, o jovem médio respondeu com um jogo de alto nível, e mereceu amplos elogios também pela época realizada em Coimbra, que lhe voltará a abrir as portas de Alvalade.

«É um excelente profissional. Ficou demonstrado pela atitude e exibição que fez no domingo. Sempre deu tudo pelo emblema que representa. É um motivo de orgulho ter partilhado o balneário com uma pessoa assim durante uma época», confessa o guarda-redes Ricardo, que não tem dúvidas quanto à capacidade do internacional luso de singrar no Sporting.

«Penso que ficou mais do que vincado que ele é um bom jogador, um atleta que sobressaiu ao longo do ano na Académica não só pela regularidade, mas pelas vezes que foi considerado o melhor em campo, marcando ainda golos decisivos. É uma excelente pessoa e acho que tem tudo para triunfar no Sporting.»

«Mais Exigência? Sim, mas acho que ele está preparado para isso, aliás, já passou por lá. Se calhar, não no memento certo. Agora, vai mais embalado pelos jogos que realizou aqui na Académica e também regressa com mais experiência», completou o sub-capitão dos estudantes.

«A melhor exibição? Apenas o jogo mais mediático...»
Ricardo passou quase toda a época como suplente de Peiser, quebrando a hegemonia do francês apenas nas Taças. O cenário alterou-se no à 29ª jornada, frente ao V. Setúbal, num ponto de viragem para a própria equipa, vinda de 16 jogos sem ganhar.

Desde dai, fez três jogos, com três vitórias, que valeram a manutenção, a Taça de Portugal, e a classificação para a Liga Europa. Uma forma deliciosa de acabar a temporada e um momento único na sua vida, como reconhece:

«Sempre acreditei no meu valor, e sempre trabalhei com o intuito de jogar. Respeitei sempre as opções dos treinadores e quando fui chamado tentei dar boa resposta e mostrar ser mais um ajudar, mas é lógico que é fantástico acabar a época assim.»

«Mãos de ferro? Não, foi uma vitória [no Jamor] dos que jogaram, dos não jogaram, e de todos os que se envolveram na final. Não sei se foi a minha melhor exibição, foi apenas o jogo mais mediático, mas sempre que jogo tento dar o melhor pela Académica», acrescentou, não resistindo a eleger o instante mais marcante do último domingo:

«A imagem mais forte que me ficou foi o momento de erguer a Taça lá em cima na tribuna, perante aqueles milhares de adeptos que vieram de Coimbra, mais os que ficaram a torcer por nós. É um momento bonito que fica para sempre registado na memória de todos.»

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