15 de fevereiro de 2013

Cissé: «Benfica? No futebol não basta ser grande»

Avançado da Guiné-Conacri quer voltar a ajudar a Académica a travar os encarnados

A Académica foi uma das poucas equipas a roubar pontos ao Benfica esta época. Na primeira volta, num jogo intenso, os estudantes lograram um empate a duas bolas depois, até, de terem estado em vantagem. Já na Luz, mais recentemente, para a Taça da Liga, a Briosa também chegou a esta a vencer, acabando por sucumbir a Kardec.

«Os vários jogos com eles foram todos diferentes. Domingo, vamos procurar mudar algo, dar o melhor de nós, e meter um pouco mais de rigor e agressividade para conseguirmos um bom resultado, porque se jogarmos como nos últimos dois jogos, não será bom», avisou esta sexta-feira, Salim Cissé, ele que marcou no primeiro encontro, em Coimbra.

«Nos outros dois jogos, penso que o Benfica foi mais forte que nós porque não metemos muito rigor e garra na procura da vitória. Temos de mostrar muita vontade de ganhar e não nos desencorajarmos se sofremos um golo. Um pouco como fizemos no jogo para a Taça da Liga, em que ganhávamos por 2-1, mas depois eles viraram para 3-2», prosseguiu.

«Estamos motivados. Tivemos jogos que devíamos ganhar e perdemos, outros que todos pensavam que íamos perder e ganhámos. O futebol é assim. Vamos dar tudo, mas para mim a estratégia terá de ser mais a garra e vontade de ganhar», insistiu, recusando a ideia de vingança depois dos 0-4 que impediram os estudantes de repetir o feito do ano passado no Jamor.

«Não vou comentar muito sobre isso. O Benfica é uma grande equipa comparado com a Académica, mas no futebol ser apenas grande não basta. É a vontade que se mostra no terreno que vai fazer a diferença», garantiu.

Com ou sem Cardozo, dá igual

Depois de ter visto o Benfica ganhar em Leverkusen, Cissé não mudou muito de opinião sobre aquilo que a Águia vale, nem sobre o que será necessário fazer na Luz para voltar a enervar Jesus.

«Vi o jogo, sabemos que o Benfica é favorito, mas nós vamos lá para dar o melhor de nós e trazer um bom resultado. O importante é ir à procura da vitória. Temos de tentar não consentir golos, mas procurar marcar e ganhar. É essa a estratégia, não há outra, meter muita vontade e não baixar os braços», formulou, minimizando a ausência, entre outras, de Cardozo:

«Para mim é mesma coisa, jogue ou não. Os outros que lá estão, considero que são igualmente bons. Vamos lá para dar o melhor. O Benfica é o Benfica, não é apenas Cardozo e Lima. O Benfica é o plantel completo.»

Com o regresso de Edinho, goleador-mor da equipa, após castigo, o guineense poderá ser desviado para uma das faixas. O avançado, como todos, quer jogar, mas reconhece que perde algum do seu potencial quando não joga no centro do ataque.

«Eu gosto de jogar com o Edinho e sinto-me bem. Já quando estou sozinho na frente, há mais pressão. Depende do sistema do treinador, é difícil jogar com dois no meio, por isso, por vezes, jogo sobre a faixa, mas é difícil trazer o que eu posso ao ataque quando jogo sobre o lado. Mas gosto muito de jogar com ele, tem qualidade, e ajuda a equipa a ganhar.»

Da preparação do jogo, nota novamente para as ausências de Flávio Ferreira e Carlos Saleiro, pelo menos nos 15 minutos abertos à imprensa, pelo que os jogadores deverão falhar a partida.

in maisfutebol

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