29 de abril de 2013

2012/2013 - 27J - Académica 1 - Moreirense 0: Regresso às vitórias



A Académica venceu este domingo o Moreirense por 1-0 numa partida que contou para a 27ª jornada da Liga ZON Sagres. Um golo de Marinho à passagem do minuto 18 devolveu a Briosa às vitórias, algo que já não acontecia há dez jogos.

Perante quase 13 mil espectadores que disseram "sim" às várias iniciativas desenvolvidas durante a semana, a Académica começou a partida algo nervosa mas foi eficaz ao ponto de inaugurar o marcador numa altura em que até era o Moreirense a equipa com mais posse de bola.

A vencer no encontro, a Briosa conseguiu parar o ímpeto do seu adversário, que tinha também em Coimbra um jogo decisivo para as suas aspirações, e que por várias vezes se chegou com perigo à baliza de Ricardo. Contudo, o guardião da turma de Coimbra levou sempre a melhor!

O jogo chegou ao fim com a vitória da Académica e com a conquista de três importantes pontos! Na próxima jornada há jogo em Setúbal frente ao Vitória local (domingo, às 16:00).

Força Rapazes!

in AAC-OAF


nº espectadores: 12 739
nota ao árbitro: Pedro Proença:
melhor do Moreirense: Fábio Espinho
melhor da Académica: Marinho
nota e melhores by Luis Carlos Melo in RRC

Crónica 

Mais de três meses depois aí está de novo uma vitória da Académica, logo no primeiro jogo em casa de Sérgio Conceição. O mais difícil está feito, a equipa conta agora com 24 pontos, e já espreita a manutenção, mas pode agradecer o triunfo aos deuses.

Com efeito, os estudantes foram eficazes o quanto baste, para marcar cedo e cedo optaram por defender a vantagem, entregando a iniciativa ao adversário. «Não quero ter 70 por cento de posse de bola e perder o jogo», dizia Sérgio Conceição no lançamento da partida, não era? Pois bem. Foi mais ou menos isso... ao contrário.

A estratégia deu resultado, é certo, mas os riscos foram enormes e o Moreirense, que continua penúltimo, juntamente com o Olhanense, ficou a dever a si próprio melhor resultado, com um desperdício gritante, que o diga Ghilas.

A Académica adiantou-se cedo no marcador, depois de pouco mais de um quarto de hora em que o Moreirense pareceu mais confortável no jogo, mais tranquilo e incisivo nos seus propósitos. Com a Briosa mais dominadora, os cónegos apostavam naturalmente nas transições rápidas e não estavam a sair-se mal.


Mas uma coisa é querer ou parecer, outra é fazer. E Marinho fez tudo bem quando, isolado magistralmente por Makelele com um passe a perder de vista, esperou o momento certo para rematar sem hipóteses para Ricardo Ribeiro.

Feito o mais difícil, os estudantes convidaram o adversário a alugar o meio-campo e ficaram lá atrás à espera. A mudança de estilo teve, claro, consequências para a equipa de Inácio que não esperava, certamente, esta mudança de paradigma tão prestes.

Ghilas e companhia tiveram de correr atrás do resultado, em ataque continuado, perante o arreguenho estudantil, bem à imagem do próprio Sérgio Conceição. Era do género bola vai (para a área da Académica), bola vem (rechaçada pela defesa).

O franco-argelino foi, todavia, fazendo das suas. A melhor organização defensiva trazida pelo sucessor de Pedro Emanuel nem sempre funcionou e o senhor 50 por cento dos golos moreirenses, de quando em vez, encontrava fendas na muralha erguida à frente da baliza de Ricardo.

Não ganharam para o susto os apaniguados da Briosa quando, logo no início da segunda parte, Ghilas voltou a estar muito perto do empate. Desta vez, acertou nas malhas laterais. Logo a seguir, na pequena área, viu a bola passar-lhe entre as pernas, falhando um golo facílimo!

A sorte, da qual várias vezes se queixavam os jogadores da Negra, foi por momentos protetora, e castigadora para os minhotos, que fizeram de tudo para chegar à igualdade e até enviaram bolas aos ferros por Fábio Espinho e Pintassilgo.

Por onde andava a Académica por esta altura? Boa pergunta. Talvez à procura do melhor caminho para chegar rapidamente à baliza de Ricardo Ribeiro quando o Moreirense perdia alguma bola. Isto em teoria. Na prática, não era tanto assim.

Com o passar do tempo e o apertar do cerco em torno da baliza coimbrã, a Briosa desapareceu por completo, engolida por um Moreirense em desespero de causa, mas bem sustida por um público que soube responder presente à chamada e, à sua maneira, ajudou a tornar este resultado possível.

Destaques

A figura: Marinho

Grande inteligência na forma como soube esperar pelo melhor momento para desequilibrar e fugir a Florent e Diego Gaúcho, com cabeça ainda para afastar a bola o mais possível do alcance de Ricardo Ribeiro. Só por isso, já fez a diferença, mas o pequeno extremo faz sempre muito mais: corre quilómetros, carrega a equipa às costas e entusiasma colegas e adeptos. Quem  disse que Marinho era pequeno?

O momento: golo da Briosa

O lance, a roçar a perfeição, não podia ter chegado em melhor altura. Quando o Moreirense parecia já ter tirado as medidas ao campo, e se preparava para explanar o contra-ataque, o passe enorme de Makelele, para não menos astuta finalização de Marinho, acabou com um golo que começou a desenhar a vitória da equipa da casa.



Outros destaques:

Fábio Espinho

O nome dele pode, por vezes, ficar atravessado na garganta dos adversários. Não chegou a este ponto, mas foi, como de costume, o centro nevrálgico do jogo ofensivo da equipa minhota. Dos seus pés, a bola sai sempre redonda, sempre bem tratada. Não marcou, mas esteve lá perto. Atirou à barra.

Ghilas

Noite de grande infelicidade para o goleador moreirense, que teve três ou quatro boas oportunidades para bater Ricardo e, invariavelmente, errou o alvo. Muitas vezes por meros centímetros, outras já quase em desespero, por certo zangado com os deuses que não quiseram nada consigo este domingo.

Opiniões

Sérgio Conceição, treinador da Académica, no final da vitória sobre o Moreirense, este domingo, em Coimbra:

«Foi uma vitória sofrida, mas era importante ganhar. Não foi, da nossa parte, uma partida bem conseguida em termos de jogo jogado, não conseguimos fazer o que planeámos, mas, pelo espírito que tiveram, entreajuda, e facto de terem sido solidários, os jogadores foram uns guerreiros. Toda a gente notou que o Moreirense merecia algo mais do que perder aqui. A verdade é que joguei duas vezes frente à Académica esta época, a jogava muito bem, só que não ganhava. Por infelicidade, ou por não ser tão eficiente a defender, não sei. Mas tenho a certeza de que se perguntarem aos quase 13 mil adeptos que cá estiveram, a quem agradeço do fundo do coração, se preferiam ter jogado bem e perder, responderiam que não... Jogámos bem em Braga, por exemplo, o Ricardo não fez uma defesa, mas perdemos. O Moreirense jogou bem, tem boa equipa, bem orientada, mas a vida é isso. Também já me aconteceu a mim. Era um jogo de tensão e ansiedade para os jogadores, depois de estarem 10 jogos sem ganhar. E não podemos esquecer que foi a primeira vez que a Académica não sofreu golos em casa para o campeonato esta época. Faltam quatro jogos difíceis, e temos de dar sequência a este resultado. Vamos preparar o próximo encontro já a partir de amanhã, para entrarmos em Setúbal com este espírito, e vontade de querer a manutenção. Se ganharmos lá, praticamente ficará assegurada.»

Sérgio Conceição, treinador da Académica, em declarações à SportTV

«Jogámos fechados, partimos em transições e fizemos o golo. A nossa qualidade de jogo foi fraca, mas houve entrega e solidariedade. Resultado é muito importante. Estamos conscientes das dificuldades e das qualidades que temos. A Académica jogava bem, mas não conseguia resultados. O Moreirense merecia mais. Mas nós conseguimos o resultado. Para ter qualidade é preciso mais tempo. Deixo uma palavra ao público que veio apoiar. Foram o 12º jogador, apoiaram-nos, incentivaram-nos. Outra palavra para a arbitragem, que esteve em muito bom nível».



Augusto Inácio, treinador do Moreirense, no final da derrota, este domingo, em Coimbra, diante da Académica:

«Uma análise ao jogo? É fácil. Uma oportunidade, um golo, enquanto nós tivemos várias e não conseguimos marcar. Há sempre, no futebol, a sorte e o azar, mas também inoperância. Criámos quatro ou cinco ocasiões e o nosso guarda-redes nem uma defesa teve de fazer. Parabéns à Académica pela eficácia, mas há muito azar nosso neste resultado. Fomos a melhor equipa, tivemos mais argumentos para ganhar, e fica, por isso, um amargo de boca, uma frustração em mim e nos jogadores. Já eram finalíssimas até final do Campeonato, agora é o tudo ou nada, não há hipótese. A começar já no próxima sexta-feira. Ganhando acalentaremos esperanças, não ganhando fica quase impossível. O que conta são os golos e quem marca é que ganha os jogos. Fica, no entanto, a nossa tristeza, porque jogámos com querer, crença, atitude e união, e, na casa do adversário, praticamente conseguimos silenciar os adeptos por não verem a Académica atacar e fazer remates. Mas faltou algo. A sorte há de mudar, faltam três jogos e ela ainda não chegou, mas esperemos que seja já esta sexta-feira.»

Marinho, extremo da Académica, em declarações à Sport Tv após a vitória sobre o Moreirense por 1-0, na jornada 27 da Liga 2012/13 e num jogo entre duas equipas que lutam para não descer de divisão. Marinho foi o autor do único golo do encontro:

«Era um jogo complicado com um concorrente direto e sabíamos que a vitória nos deixava numa posição de superioridade. Agora, temos consciência que nada está conseguido. Penso que não foi dos nossos melhores jogos. Em termos de qualidade até pode ser dos piores, mas fomos muito diretos no que queríamos. As vitórias trazem confiança e é sempre bom trabalhar em cima de vitórias.»

Marinho, extremo da Académica, em declarações à Sport Tv após a vitória sobre o Moreirense por 1-0, na jornada 27 da Liga 2012/13 e num jogo entre duas equipas que lutam para não descer de divisão. Marinho foi o autor do único golo do encontro:

«Era um jogo complicado com um concorrente direto e sabíamos que a vitória nos deixava numa posição de superioridade. Agora, temos consciência que nada está conseguido. Penso que não foi dos nossos melhores jogos. Em termos de qualidade até pode ser dos piores, mas fomos muito diretos no que queríamos. As vitórias trazem confiança e é sempre bom trabalhar em cima de vitórias.»


Minuto a minuto 



texto by Maisfutebol
fotos zerozero


Outros

»» 12 739 espectadores: Constituí a melhor assistência da temporada. Apesar da previsão de mau tempo e da alteração de horário do jogo, as bancadas do Cidade de Coimbra estiveram muito bem compostas.

»» Primeira vitória de Sérgio Conceição: ao segundo jogo e nesta fase tão importante Sérgio Conceição conseguiu a primeira vitória com a Académica.

»» Marinho: continua a ser uma das referências do plantel da Académica; marcou o seu quarto golo na temporada e em três deles valeram vitórias à Académica. Foi de novo eleito o melhor em campo pela sexta vez neste campeonato.

»» Makelele: não pudemos deixar igualmente de destacar a assistência que fez para o golo de Marinho. O passe de primeira após uma série de vários resaltos merece este destaque.

Sem comentários:

Enviar um comentário