16 de setembro de 2016

«Sinto os jogadores com vontade em dar a volta à situação» - Costinha

Costinha

A Académica não atravessa um bom período, é inegável, mas em Coimbra há uma grande esperança numa inversão de percurso. O arranque intermitente na Liga 2 fez soar os alarmes e, como tal, os estudantes precisam, com a maior brevidade possível, de regressar às vitórias para que as águas do Mondego possam serenar.

O regresso à competição está agendado já para esta sexta-feira, com a receção ao Famalicão, às 19.30 horas, e a Briosa está pronta para lutar pelos três pontos. Esta é uma das fortes convicções de Costinha que, ainda assim, admite que o grupo tem demonstrado alguma ansiedade e que esse fator tem sido prejudicial. Há, pois, defende, que alterar esse estado de espírito e partir em busca da confiança e dos pontos perdidos:

- Precisamos de ganhar amanhã. Se queremos andar nos lugares cimeiros de podermos, depois, lutar por algo, temos de ganhar a maior parte dos jogos em casa. Sinto os jogadores com vontade em dar a volta à situação. Eles também fazem a sua análise e eu percebo isso quando falo com eles. Temos que saber ultrapassar as dificuldades. Jogar em casa tem de ser sempre favorável, temos tido um apoio fantástico dos nossos adeptos e é extremamente importante saber aproveitar esse fator. O grupo quer dar uma imagem diferente e para tal necessita de ser suficiente maduro para controlar alguma ansiedade que possamos ter. O Famalicão é uma belíssima equipa, que deverá querer jogar com a ansiedade da Académica. Saberão que nós queremos assumir o jogo e virão tentar aproveitar os nossos erros. Mas nós queremos dar uma resposta positiva. Se a paragem foi benéfica? Depende do ponto de vista. Considero que temos menos 6 pontos do que devíamos, relembrando os jogos com o Santa Clara e com o Vizela. Se pensarmos nos jogadores que tínhamos debilitados e que já recuperaram, pode ter sido bom. Mas é muito importante que as pessoas possam situar-se. O Moreirense foi, nos últimos anos, a única equipa que desceu de divisão e subiu logo no ano seguinte. A nossa equipa tem que perceber a realidade onde está inserida e subir ou não subir de divisão depende de muitos fatores.

E para que o clima em torno do coletivo seja de estabilidade, entende Costinha, o melhor mesmo é abdicar de grande parte do contato com o exterior. Treinos à porta fechada, não divulgação de boletim médico e de lista de convocados, conferências de Imprensa só do treinador e não de jogadores… Tem sido assim. O treinador explica porquê. 

«Alterei as rotinas porque havia muito ruído. Tenho um contrato de um ano e não de um mês. Tem que se trabalhar perante a realidade quando há ruído injusto e negativo. Às vezes exige-se algo à Académica sem que se saiba da realidade do clube. Não tenho problemas nenhuns em abrir treinos, por exemplo, mas neste momento, com o burburinho que existe, achei por bem resguardar a equipa», esclareceu.

José Eduardo Simões teve direito… a meia resposta

Instado a pronunciar-se sobre o comunicado emitido na última semana por José Eduardo Simões, antigo presidente do clube, Costinha preferiu não se alongar. Do referido documento constavam críticas duras ao atual treinador da Briosa que respondeu assim. 

«Não vou cometer as palavras do antigo presidente. Neste momento precisamos de serenidade. Confesso que estava tentado a responder… Mas olho para o meu percurso enquanto desportista e ele está tão longe de mim que não vale a pena responder…», concluiu.

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