16 de outubro de 2009

Orlando, o capitão que é quase da idade do treinador

Os primeiros treinos de André Villas Boas em Coimbra têm trazido memórias recentes aos jogadores. Já houve quem identificasse até semelhanças físicas do jovem técnico com Domingos Paciência, mas os métodos também fazem lembrar os do treinador do Sp. Braga, que deixou saudades na cidade do Mondego.
O central Orlando, por ser o capitão dos estudantes, assume a voz do plantel e aceita falar do novo timoneiro, fazendo comparações com o passado recente: «É um treinador dentro da linha de Domingos. Existem algumas diferenças entre esta equipa técnica e a outra. Trabalhamos mais posse de bola e ritmos intensos mas claro que os resultados é que vão ditar se os treinos são bons ou maus. O treinador tem apenas mais dois anos que eu? A minha educação foi sempre a de respeitar os superiores, sejam eles mais velhos ou mais novos. Tem que se basear no respeito e no trabalho que cada um faz.»
No momento de fazer um balanço do consulado de Rogério Gonçalves, o experiente defesa assume a quota-parte de culpa dos jogadores: «Tivemos um início de campeonato onde houve muitas falhas individuais e colectivas. O mister tinha as suas ideias, tentou transmitir isso à equipa, mas houve sempre algo que falhou e nós assumimos essa parte da responsabilidade.»
Em altura de mudança, o grupo revela optimismo quanto ao futuro, consubstancializado numa enorme vontade de largar o último lugar da tabela. «O pensamento de todos os jogadores é que esta equipa técnica vem para durar e queremos dar a volta por cima. Vamos inverter a situação e se os resultados forem positivos, que vão ser de certeza, a equipa técnica é obviamente para durar. Quando há troca de equipa técnica é normal que haja uma resposta positiva por parte dos jogadores, para tentar conquistar o seu espaço e mostrarem-se. Vamos tentar transportar isso para os jogos», afirma Orlando.
Taça pode ser um tónico
O próximo jogo da Briosa é já este domingo, na estreia de Villas Boas, frente ao Portimonense, para a Taça de Portugal. Um encontro complicado mas que urge ganhar para encetar a almejada recuperação: «As equipas da Liga de Honra são sempre difíceis porque trabalham muito e correm muito. Mas temos de ser realistas, a Académica é da Liga e temos de ser melhores que eles, sem sombra de dúvida. O optimismo é para se ver no domingo, é jogo para vencer. Estamos a precisar de uma vitória e isso pode-nos catapultar para mais vitórias. O campeonato é mais importante que as taças mas as taças são um tónico importante para nós e adeptos.»
O capitão estudantil está em final de contrato mas esse é um tema que desvaloriza, porque há outras prioridades. «Ainda não fui abordado para renovar mas este não é o momento ideal para isso acontecer. Sinceramente não penso nisso. As minhas preocupações estão viradas para a necessidade de ganhar jogo», conclui Orlando.

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