7 de outubro de 2009

Zé Nando, treinador «até sexta-feira», fala de viroses

O treinador interino da Académica, Zé Nando, falou esta quarta-feira pela primeira vez aos jornalistas para fazer a antevisão do encontro da próxima sexta-feira, frente ao Beira Mar, a contar para a Taça da Liga. O antigo adjunto de Rogério Gonçalves restringiu-se à análise da partida, recusando abordar aquilo que aconteceu antes da sua «promoção» nem cenários futuros.

«O sentimento geral é o de reviravolta. Estamos ansiosos para inverter esta situação. Aliás, queremos fazê-lo já no próximo jogo, que sabemos será difícil. O plantel está a reagir bem e sinto que os processos adquiridos até agora ainda estão lá. Acredito que, a curto/médio prazo os jogadores irão dar uma resposta positiva. Quando temos uma virose, temos de tomar medicamentos e reagir para nos pormos novamente sãos. E é isso que está a acontecer com a equipa», sintetizou o técnico dos estudantes.
Apesar da intenção do plantel, Zé Nando sabe que, nestas circunstâncias, as melhoras costumam surgir de forma gradual e, por isso, não se ilude: «Não é em três dias que um treinador consegue transmitir a sua imagem. É um processo normal, que demora algum tempo. As chicotadas mexem sempre com o grupo. Não tenho uma varinha de condão, mas sinto os jogadores com vontade de dar a volta.»
Sobre o Beira Mar, o técnico disse esperar um encontro complicado devido a três factores: «É uma equipa da Liga de Honra, que são sempre fortes e competitivas; é um adversário com pergaminhos na I Liga e, finalmente, trata-se de um derby regional.»
A ambição da Académica é «fazer o melhor possível em todas as provas» e, consequentemente, Zé Nando acredita que o clube «tem legitimidade para pensar em chegar longe na Taça da Liga». «É crucial fazer um resultado positivo, que passa por uma vitória. Seria um bom prenúncio para aumentar os índices de confiança e obter outros sentimentos necessários para um novo arranque na Liga com outra consistência», acrescentou.
Zé Nando até quando?
Do futuro, o treinador interino da Briosa pouco falou. «Se vou continuar à frente da equipa? Quero chegar até onde for possível. Vou orientar a equipa até sexta-feira, foi o que me pediram», desvendou.
O importante, neste momento, para Zé Nando, é «sentir o pulsar dos jogadores» e «reabilitar psicologicamente o grupo», independentemente dos próximos adversários. «Não é mais fácil fazê-lo perante o Beira Mar ou o Portimonense [para a Taça de Portugal] do que frente ao F.C. Porto [no reatamento da Liga]. Se fizermos um bom resultado no Dragão, isso não é ainda mais moralizante? E mesmo perdendo o jogo, mas jogando bem, isso não dá ânimo?», questionou o técnico, deixando ainda um apelo aos adeptos para que «apoiem e acreditem na equipa».

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