10 de novembro de 2009

2009/10 - 10J - U. Leiria 1-1 Académica: Crónica

O derby entre a U. Leiria e a Académica valeu sobretudo pelos último minutos da partida, quando chegaram os golos (1-1). Os forasteiros adiantaram-se no marcador, com um toque de calcanhar de Cris, mas Diego Gaúcho desfez o sonho feliz dos estudantes com uma cabeçada, na sequência de um canto. Soube a pouco para os de Coimbra, que estiveram quase a somar a segunda vitória consecutiva e, desta forma, sairiam da zona de despromoção, mas levar os três pontos de Leiria teria encerrado alguma injustiça.
Fica, no entanto, a grande lição táctica produzida pela Briosa, à qual os do Lis quase nunca conseguiram responder. Esta equipa de Villas Boas está, definitivamente, no bom caminho.
Sem colocar o autocarro à frente da baliza, mas antes exercendo pressão alta, com os sectores muito próximos, a Académica montou uma teia à volta da União e conseguia bloquear os seus principais movimentos. De tal forma que a turma da casa era obrigada a usar a meia-distância, por intermédio, por exemplo de André Santos, para conseguir rematar à baliza.
Nas duas excepções de que dispuseram - uma escorregadela de Nereu e uma fuga de Panandetiguiri pela direita -, os comandados de Lito Vidigal não foram capazes de chegar ao golo e os estudantes foram aproveitando para desenhar alguns contra-ataques, bem articulados, mas também inconsequentes. Num desses lances, a Briosa ficou a pedir grande penalidade, num derrube a João Ribeiro: ficaram muitas dúvidas.
A primeira parte resume-se, basicamente, às tentativas leirienses de desmantelar o esquema forasteiro, o que raramente aconteceu, deixando pouco espaço para o espectáculo mas servindo, seguramente, os interesses da equipa de Coimbra. O relvado, pesado apesar da boa drenagem, também dava uma ajuda para a fraca qualidade do jogo.
E se, antes de começar o jogo, André Villas Boas teve de mexer na equipa inicial porque o capitão Orlando sofreu uma lesão no aquecimento, pouco antes do intervalo também Lito Vidigal sofreu uma contrariedade, já que Vítor Moreno também ficou em inferioridade física e teve de ser rendido por Vinícius.
Mais do mesmo e golos no fim
O intervalo nada trouxe de novo. Nem mais substituições nem vontade de mudar o cariz de um jogo basicamente encravado. A Académica mantinha a postura, encurtando os espaços, e a U. Leiria também não mostrava argumentos capazes de merecer melhor do que o nulo que persistia. Mais do mesmo, com os da casa a conseguirem apenas apanhar algumas brechas e a Académica, beneficiando do facto de defender à frente, a recuperar muitas bolas e a sair em ataque rápido para desassossego da defesa local.
Nos instantes finais, quando se esperava o último assalto leiriense acabou por ser a Académica que esteve mais próxima do golo, mostrando grande disponibilidade física. O toque de calcanhar de Cris só tornou o momento mais especial mas soava a injustiça. O golpe de cabeça de Diego Gaucho tratou de repor as coisas no seu sítio certo.

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