13 de janeiro de 2010

Taça da Liga - 3ª Fase - 2ª Jornada - Académica 0-0 FC Porto: Crónica

Ponto final na onda de vitórias do F.C. Porto em 2010. Depois de três triunfos consecutivos, nas três provas internas, os campeões nacionais foram travados em Coimbra e mantiveram a estranha incapacidade de ganhar fora nesta competição, na qual têm, naturalmente, pretensões. Uma vitória poderia ter colocado uma das equipas em situação privilegiada para a passagem às meias-finais. Ainda assim, atendendo ao empate entre Estoril e Leixões, ambas mantêm-se no topo, mas o primeiro lugar continua a ser da Briosa, já que tem mais um golo do que o seu adversário desta quarta-feira. Tudo adiado, portanto, para a última jornada, em que ambas têm deslocações, os portistas à Amoreira, e os estudantes até Matosinhos.
Como é diferente o futebol nesta Taça da Liga! Assolada por polémicas, ano após ano, continua sem convencer, começando pelo público e acabando na qualidade dos espectáculos, pese o facto de as equipas aproveitarem a ocasião para rodar os planteis. Começando por ai, o F.C. Porto veio a Coimbra sem Helton, Bruno Alves, Rolando, Alvaro Pereira, Raul Meireles, Belluschi, Varela, Falcao e Rodriguez por opção, e sem Hulk e Sapunaru suspensos. Ufa! É preciso ter fôlego para mencionar tantas ausências. Dai, não podia sair nada de bom. Comprovou-se.
Sem ligação entre o meio-campo, constituído por Prediger, Tomas Costa e Guarin, e o ataque, onde Valeri não era nem extremo nem médio, sobrando Farias e Mariano, também pouco em jogo, os campeões nacionais só conseguiram fazer um remate à baliza de Rui Nereu aos 42 minutos. Antes disso, a Académica, com cinco titulares de fora, dominara e rematara muito mais, com Tiero em grande destaque nesse particular.
Relvado, chuva e pouca inspiração
As oportunidades quase nem se viam mas fica essa nota de um F.C. Porto muito macio, sem ideias nem autoridade perante uma Briosa competente e tentar fazer pela vida. Apesar de Jesualdo ter optado pelas segundas escolhas, esperava-se mais de uma equipa que, ainda assim, tinha alguns nomes habituados a figurar entre os titulares. O estado do relvado e as condições meteorológicas, já se sabe, também não ajudaram embora o relvado do Cidade de Coimbra esteja longe de ser um dos mais maltratados do país.
O intervalo nada trouxe de novo, tirando a troca posicional entre Valeri e Mariano Gonzalez. Mais Académica, sobretudo quando resolvia acelerar pelos flancos, com Sougou a dar que fazer a Fucile, faltando apenas uma referência da área (Licá pouco conseguiu fazer perante Maicon) para obter maiores dividendos da acção dos jogadores mais rápidos. Um deles, Sougou, esteve perto de inaugurar o marcador mas Nuno, depois de ter largado duas bolas na primeira parte, redimiu-se com uma defesa de bom nível.
As alterações de Jesualdo deram algum alento, nomeadamente as entradas de Orlando Sá e do jovem Sérgio Oliveira, que trouxeram mais opções em termos de ataque mas, ainda assim, foi muito pouco para o grau de exigência a que está sujeita uma equipa como a do F.C. Porto.

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