2 de janeiro de 2010

Villas Boas acredita nas meias-finais da T. Liga

A Académica começa o ano com um jogo para a Taça da Liga, este domingo, em Coimbra, frente ao Estoril, da Liga de Honra. No grupo da Briosa, estão ainda o F.C. Porto, com quem os estudantes também vão jogar em casa, e o Leixões. E, perante, este cenário, André Villas Boas assume que a sua equipa pode passar mais uma etapa da competição, até porque além dos primeiros classificados, também o melhor segundo segue em frente.
«Não é impossível chegar às meias, com o grupo e calendário que temos. Mas assumimos risco da rotatividade, com jogadores que nos dão garantias. A ambição é legítima e as nossas escolhas serão sempre as que permitem entrar para ganhar», assume o treinador, deixando a receita para o esperado sucesso frente ao grande que terá pela frente nesta competição: «Porque não fazermos em casa com o F.C. Porto aquilo que fizemos fora com o Benfica [para a Liga]? Claro que, depois, estaremos sempre sujeitos ao alto talento individual dos grandes, mas temos ambições. Estou muito satisfeito com os golos marcados, e a transformação no ataque, mas estou ciente do risco que nosso futebol envolve.»
Esta prova assume um carácter especial para os estudantes, que, numa primeira instância, foram considerados eliminados pela Liga devido ao critério da média de idade. O recurso para o Conselho de Justiça veio dar razão à Briosa e o técnico, mais uma vez, não escondeu a sua satisfação: «Dá-nos prazer ter lutado para a melhoria do regulamento de uma competição profissional. E dá-me prazer deixarem de me chamar incompetente por não ter previsto a entrada de um miúdo do Portimonense. Finalmente, definiram o critério, que era a única coisa que faltava naquele regulamento. Era um artigo incompleto, que permitia várias interpretações.»
Estoril merece respeito
Do adversário de domingo, Villas Boas tem uma opinião bastante positiva, antevendo um jogo complicado, para o qual pede combatividade aos seus jogadores: «O Estoril é uma equipa em transformação, que tem subido na tabela com a entrada do prof. Neca, pessoa que aprecio bastante pelo seu espírito aventureiro. Tenho o máximo respeito por ele e aprecio o seu trabalho. Vai ser um encontro extremamente complicado, mas quero que meus jogadores sintam a responsabilidade perante equipas da Liga de Honra, frente às quais temos tido algumas dificuldades. Quero que entrem com agressividade para tentarmos impor o nosso jogo.»
O encontro frente aos «canarinhos» será aproveitado, como assume o técnico, para testar novas soluções e dar rodagem a atletas menos utilizados, e, tendo em conta esse pressuposto, dois habituais titulares como Tiero e Sougou, que só neste sábado deverão apresentar-se ao trabalho, ficarão de fora da partida. «Entendemos que há poucas oportunidades ao longo da época para os nossos jogadores africanos gozarem do ambiente familiar, nos respectivos países. Acho que isso é tão importante como ganhar ritmo num jogo da Taça da Liga após uma paragem. Entendo-o como um prémio.»
Nesse sentido, a novidade do dia foi o regresso do marfinense Amessan, enquanto Paulo Sérgio, devido a uma gripe, também não estará nas contas já que não completou a semana de trabalho.
Melhorar a consistência fora de casa
Enquanto reafirma que tem um plantel «enorme», de 28 elementos, uma vez que a recente saída de Miguel Pedro foi compensada com a entrada de Amessan, o treinador da Briosa não acredita em muitas mudanças devido ao mercado de Inverno. «Para entrar alguém, o que é difícil, é preciso arranjar primeiro solução para quem cá está. Não estou obcecado. O ideal é ter 25 jogadores mas o importante é que não se falhe. Não vamos trazer alguém só por trazer. Tem de fazer a diferença e trazer qualidade», assevera.
Em jeito desejo para o novo ano, André Villas Boas elege o objectivo de garantir a manutenção o mais rápido possível.

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