17 de fevereiro de 2012

«A Académica tem-se sentido lesada pelas arbitragens nos últimos tempos» - José Eduardo Simões

A postura da Académica tem sido de silêncio no que a arbitragens diz respeito, mas esta quinta-feira José Eduardo Simões veio a público demonstrar a sua indignação para com algumas decisões que têm, na sua opinião, prejudicado a Briosa.

O presidente dos estudantes diz que o clube tem mantido uma postura positiva, mas diz que não sabe até quando o vai fazer. Até porque, afirma, há outros clubes que têm retirado dividendos de algumas queixas:

- Acho que é visível que a Académica tem sido lesada pelas arbitragens nos últimos tempos. Não tem sido nossa norma queixar-nos, mas talvez mal… Achamos que os árbitros devem fazer um bom trabalho, com a máxima isenção possível. No entanto, constatamos que quem se queixa, e quem se queixa muito, tem retirado boas consequências da sua forma de estar. Nós vamos continuar com o nosso fair-play, não sei até quando…

Sobre os objetivos para a presente temporada, Simões diz que o plano está dentro do delineado, e não se mostra minimamente preocupado pelo facto de a equipa já não vencer há alguns encontros:

- O grande objetivo sempre foi andar pelo meio da tabela e atingir os 30 pontos, tal como tem referido o nosso treinador Pedro Emanuel. Depois de o conseguirmos, já podemos começar a preparar melhor a próxima temporada. Se estou preocupado? Sim, estou preocupadíssimo, estamos na final da Taça de Portugal... Claro que acredito que é na Madeira que vamos voltar às vitórias. Aliás, tanto acredito que vou lá, precisamente para assistir a essa vitória. Temos uma equipa bastante jovem, se não mesmo a mais jovem da Liga. Estamos a trabalhar não só para o presente da Académica como também para o futuro a médio e longo prazo.

Se tivesse que escolher entre garantir a manutenção na Liga ou ganhar a Taça de Portugal, o líder máximo da Briosa é peremptório:

- Claramente ficar na Liga. Estamos há 10 anos, e espero estarmos muitos mais anos seguidos. A segunda Liga é muito complicada sob o ponto de vista financeiro. O dinheiro que para lá é dirigido não é suficiente. Não há justiça nem equidade para as equipas que descem. Com o atual quadro de orçamento, as equipas que costumam ficar nos primeiros lugares são sempre beneficiadas, recebem muito mais dinheiro, é concorrência desleal. Todas as outras equipas são os idiotas úteis para completar o lote de 16, sendo que duas delas acabam por descer. Isto é um campeonato que não é justo nem competitivo.

José Eduardo Simões também não fugiu ao «caso Éder», dizendo que, neste momento, a única coisa que sabe é que o jogador tem sido tratado pelo Departamento Médico do clube:

- Muito sinceramente não sei se o Éder já recebeu a nota de culpa ou não. O que sei é que continua a tratar a sua lesão no Departamento Médico do clube, tal como acontece com qualquer outro jogador da Académica, sempre que o mesmo necessite.

A recente saída de Domingos do cargo de treinador do Sporting também foi abordada por Simões. O presidente dos estudantes, que com ele trabalhou em Coimbra, diz que gostaria que Domingos estivesse no Jamor:

- Tenho muita pena que o Domingos tenha saído do Sporting. Gostaria que defrontássemos o Sporting no Jamor com o Domingos no comando técnico.

Estas declarações de José Eduardo Simões foram proferidas na tarde desta quinta-feira, na Loja do Sócio, no Estádio Cidade de Coimbra, onde a Académica distribuiu cerca de três mil quilos de produtos alimentares angariados na partida da passada segunda-feira com o Gil Vicente a Instituições de Solidariedade Social da cidade:

- Estas ações têm um grande significado para a Académica. Quando as dificuldades aumentam e há quem necessite, nós dizemos presente. Estas organizações vivem em condições cada vez mais difíceis, mas não deixa de apoiar quem mais precisa. É óbvio que também tivemos retorno, com o apoio dos adeptos que se associaram a esta causa e estiveram presentes no Estádio.

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