8 de fevereiro de 2012

Centenas de pessoas esperaram plantel em Coimbra

BRIOSA CHEGA AO JAMOR 43 ANOS DEPOIS

A equipa da Académica foi esta madrugada recebida na cidade de Coimbra por centenas de adeptos eufóricos, que festejaram a passagem da formação de Pedro Emanuel à final da Taça de Portugal, o que não acontecia há 43 anos.

A Briosa qualificou-se na terça-feira à noite para a final da prova pela quinta vez, ao empatar 2-2 com a Oliveirense com bis de Marinho [na foto], em jogo da segunda mão das meias-finais, disputado no estádio Marcolino de Castro, em Santa Maria da Feira.

Aproximadamente meio milhar de adeptos, sobretudo estudantes, concentraram-se na Praça da República, onde aguardaram pelo autocarro que transportava a equipa, que chegou cerca das 1 e 20.

Os apoiantes da Académica rodearam o autocarro, entoando cânticos, enquanto os jogadores acenavam às janelas, e forçaram mesmo a entrada no veículo, que demorou mais de trinta minutos a conseguir "libertar-se" para seguir a marcha até à Academia do clube.

"É um momento histórico para a Académica, para a cidade e para a própria academia. Quarenta e três anos depois da final de 1969, que também foi um marco político importantíssimo, esta final pode ser o reencontro da Académica com a cidade, a universidade e a academia", disse à agência Lusa o presidente da Assembleia-geral do clube, Fernando Oliveira.

Ao afastar a Oliveirense, da Liga Orangina, a formação de Coimbra vai voltar ao Jamor, onde não marcava presença desde a célebre final de 1968/69, perdida para o Benfica e Eusébio, que resolveu no prolongamento (2-1).

A 22 de junho de 1969, na mais politizada final da Taça de Portugal de sempre, foram bem visíveis tarjas em que se pedia "Melhor ensino, menos polícias", "Ensino para todos" ou "Universidade Livre".



Equipa recebida com grande festa em Coimbra

Largas centenas de adeptos receberam, em clima de grande festa, a equipa que logrou em Santa Maria da Feira a qualificação para a final da Taça de Portugal.

Pouco passava da uma hora e um quarto da madrugada quando o autocarro que transportou a comitiva que esteve em Santa Maria da Feira deu entrada na Praça da República, onde era aguardado por largas centenas de adeptos.

Tratou-se, sem dúvida, do ponto alto da noite, com o autocarro a ser imobilizado por um grande cordão humano, gerando momentos de perfeita comunhão entre adeptos e equipa. Houve mesmo quem entrasse na viatura, sempre em ambiente de grande festividade pela qualificação da Briosa para a final da Taça, algo que não acontecia há 43 anos.

Centenas de adeptos esperaram a equipa

Da Feira a Coimbra, os adeptos da Académica festejaram com a equipa e noite dentro o apuramento para a final da Taça de Portugal. Várias centenas de adeptos, maioritariamente jovens, juntaram-se na Praça da República à espera do autocarro, depois do empate a dois golos com a Oliveirense que colocou a Briosa no Jamor, pela primeira vez em 43 anos.

A festa tinha começado com uma invasão pacífica ainda no relvado em Santa Maria da Feira e prosseguiu com a chegada do autocarro a Coimbra, pela 1h20. Os adeptos cantaram, rodearam o autocarro e chegaram mesmo a entrar, enquanto este seguia em marcha muito lenta.

A Académica, primeiro vencedor da Taça, não estava na final da Taça desde 1969, quando perdeu com o Benfica, num jogo com muita História. Em plena crise estudantil, o jogo com o Benfica serviu de pano de fundo a uma rara manifestação contra o regime.














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