José Eduardo Simões quer concentração absoluta para Guimarães

Na antevéspera de um dos jogos mais importantes da história recente da Académica, José Eduardo Simões, o presidente do clube, quer o plantel totalmente concentrado na última jornada da Liga. Quer isto dizer que, pensar no Jamor só depois.

«Que a nossa verdadeira final da Taça de Portugal seja este sábado em Guimarães», observou o líder máximo da Briosa, durante a 4.ª edição das Tertúlias Académicas, que esta noite decorreram na sala de Imprensa do Estádio Cidade de Coimbra.

Sob a moderação de Gonçalo Reis Torgal, vice-presidente do clube, o mote do evento foram as finais das Taças de Portugal que os estudantes disputaram (1939, 1951, 1967 e 1969).

Depois da atuação do Grupo Alma de Coimbra, a maior parte do tempo foi passado, naturalmente, a falar sobre a partida decisiva da competição de 1939, dado que, nesse ano, a Académica venceu o troféu, na sua primeira edição.

Na mesa de honra da Tertúlia, além de Reis Torgal e José Eduardo Simões, estiveram também Manuel António, que alinhou na final da 1969, Luís Eugénio, que marcou presença nas finais de 1967 e 1969, e ainda Francisco Andrade, treinador da última final disputada pelo clube.

Todos eles recordaram alguns momentos que marcaram a época:

«Este é o momento ideal para voltar a unir os académicos» - Francisco Andrade

- A Académica é muito mais do que ir a uma final ou ganhar um campeonato. Mas importante do que isso será voltar a unir todos os académicos que se têm afastado. Este é o momento ideal! A Académica não nasceu ontem, só tem futuro quem tiver passado.

«Realidades completamente distintas» - Manuel António

- Não podemos comparar esses anos com os dias que correm. São realidades completamente distintas. Na altura éramos todos estudantes, hoje já não é assim. Tínhamos um ambiente tremendamente saudável que nos orgulhava imenso.

«Ninguém se pode esquecer de uma final» - Luís Eugénio

- Embora os tempos sejam completamente diferentes, não podemos passar ao lado deste momento. Naquela altura passávamos o tempo todos juntos, vivíamos em grupo. Era fantástico! Ninguém se pode esquecer de uma final.
Com uma plateia muito bem composta, viveram-se momentos de grande sentimento académico. Apesar do desejo comum de conquistar a Taça de Portugal, todos partilham da ideia de que, antes disso, é imperial garantir a manutenção na Liga, no jogo do próximo sábado no terreno do V. Guimarães.

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