28 de dezembro de 2010

José Guilherme promete “trabalho e ambição” na Académica

O novo treinador da Académica, José Guilherme, foi apresentado ao final desta manhã na sala de imprensa do Estádio Finibanco Cidade de Coimbra, numa cerimónia onde marcaram presença os Vice-Presidentes da Briosa e também muitos Sócios e adeptos que, em número, até se superiorizaram aos elementos da comunicação social.
Com um discurso claro e coerente, José Guilherme transmitiu aos presentes aqueles que serão os ideais pelos quais se irá reger a nova equipa técnica dos “estudantes”, que será formada pelo ex-jogador da Académica, José Alberto Costa, e ainda por Virgílio Fernandes, Ricardo Chéu e Rui Correia, que transitam da equipa anterior.
“É um orgulho enorme vir treinar a Académica, um clube histórico no panorama nacional. É um clube com grande tradição, com grandes valores e por isso é um prazer muito grande estar aqui. Ao longo dos anos, fizeram-se aqui homens. Entraram jogadores e saíram doutores... Por isso sinto-me muito honrado em ter convidado José Alberto Costa, um homem com história na Académica. Queremos transmitir aos jogadores os valores da Académica. Valores de trabalho e de ambição para fazer com que a Académica atinja um patamar maior ao nível do futebol nacional.”, começou por dizer.
O novo timoneiro dos “estudantes” admitiu que as negociações foram “muito rápidas” e prometeu “trabalho e ambição”, duas palavras que, alias, foram das mais ouvidas durante toda a conferência de imprensa.
“Foi tudo muito rápido. Em termos de carreira, pensava que iria começar a treinar no próximo ano. Aconteceu de um momento para o outro. Era sim ou não, e disse sim. É um desafio aliciante e fantástico. Vamos trabalhar todos os dias para que a Académica entre em cada jogo para vencer, independentemente do adversário. Não vamos prometer nenhuma posição, vamos prometer ambição e trabalho de forma a que a qualidade do jogo nos permita entrar com espírito de vitoria em todos os jogos.”, adiantou.
José Guilherme frisou que o objectivo imediato da Briosa é recuperar dos dois últimos jogos, frente ao Marítimo e Sp. Braga, onde as coisas não correram tão bem, prometendo “dedicação máxima” à Académica.
“Acredito que a mente dos jogadores esteja ferida com esses dois resultados e esse é um aspecto importante que têm de transpor. A Académica teve um inicio fantástico, teve dois desaires que são passageiros e vamos lutar para que isso se consiga ultrapassar. Prometo a minha dedicação máxima à Académica, vamos dar tudo o que temos e sabemos à Académica.”, sustentou.

As conversas com Jorge Costa e André Villas Boas
Era inevitável na conferência de imprensa de apresentação de José Guilherme não falar dos ex-treinadores dos “estudantes” Jorge Costa ou até mesmo André Villas Boas. O timoneiro da Briosa não deixou a pergunta sem resposta e até transmitiu aos presentes o recado deixado por Jorge Costa, que abandonou o comando técnico por motivos pessoais.
“O Jorge Costa pediu-me para dar uma palavra a todos os sócios, uma palavra de simpatia. Ele adorou trabalhar aqui, mas pediu-me para dar um abraço a todas as pessoas que o acarinharam. Ele teve um grande prazer e um grande orgulho em trabalhar na Académica. Tivemos uma conversa e só me disse coisas fantásticas, o que me motivou ainda mais a fazer o meu trabalho com o máximo empenho. André Villas Boas? Somos amigos... Disse-me coisas fantásticas. Sócios fantásticos, directores fantásticos, cidade fantástica. Conheço várias pessoas que passaram pela Académica e não conheço ninguém que tenha dito mal de Coimbra. Todos adoram Coimbra, têm saudades, têm amigos aqui e gostam dos fados de Coimbra. Coimbra marca quem passa por cá e vai-me marcar a mim também.”, revelou.

“Quando se contratam treinadores, contratam-se ideias”
Por ter passado muitos anos no futebol jovem, neste caso no FC Porto, José Guilherme foi também questionado sobre se poderia ter uma palavra a dizer no desenvolvimento da formação da Académica e o novo técnico da Briosa afirmou que irá acompanhar de perto o trabalho desenvolvido e até apresentar algumas propostas.
“Quando se contratam treinadores, contratam-se ideias. Fui um treinador que fez a sua formação no futebol jovem, é normal que tenha ideias muito concretas acerca da formação. Tenho uma sensibilidade grande para os jogadores da formação. Posso ter uma intervenção, apresentar propostas, ver jogos da formação, para ver as qualidades que os jovens têm que a equipa sénior poderá aproveitar.”, disse.
Aos 45 anos, José Guilherme terá então a sua primeira experiência como treinador principal de uma equipa do principal escalão português, mas o agora novo técnico da Briosa até revelou que este é mesmo o “momento ideal para o fazer”, elogiando as condições que a Académica oferece.
“Há várias formas de chegar ao topo. Alguns treinadores querem solidificar a sua formação e foi isso que me aconteceu. Quis solidificar a minha formação enquanto treinador, e agora achei que era o momento indicado para dar uma volta à minha carreira e passar a ser treinador principal. Tive a sorte de vir para a Académica, um clube com estruturas fantásticas e começo num patamar elevado. Vou pensar 24 horas por dia na Académica. Mesmo a dormir, vou sonhar algumas vezes com a Briosa.”, referiu.
José Guilherme não quis terminar sem antes recordar o lema da Mancha Negra (“Se a Briosa jogasse no céu, morreria para a ver jogar”), frisando que será por aí que a mensagem irá passar para os seus jogadores.
“Achei muito interessante o lema da Mancha Negra. Gostaria de terminar dedicando o lema que é o que se pretenda que a Académica seja. É isso que nós queremos fazer da Briosa… Se a Académica jogasse no céu, morreríamos para a ver jogar.”, finalizou.

E assim está apresentado o novo técnico da Académica. José Guilherme, de 45 anos, orientará esta segunda-feira o seu primeiro treino na Briosa.

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